sexta-feira, 27 de abril de 2007

Azeredo, apesar de ter cara de bôbo, voz de bôbo, nariz de bôbo e jeitão de bôbo, não é bôbo

Vocês se lembram daquela idéia de Jerico do Senador com cara de pastel? Aprovar um projeto que exige a identificação dos usuários antes de iniciarem qualquer operação que envolva interatividade, como envio de e-mails, conversas em salas de bate-papo, criação de blogs, captura de dados (como baixar músicas, filmes, imagens), entre outros?

Pois então... O senadorzinho teve o financiamento de R$ 150 mil para sua campanha de 2002 da Scopus Tecnologia S.A.

Pois bem. Veja o que uma pesquisa de cinco minutos descobre sobre a terceira maior financiadora da campanha de Azeredo em 2002. No documento estratégico “Building an Information Society”, de janeiro de 2003, está escrito na página 221 que:

“Ao estabelecer links diretos com os provedores de Telecomunicações do Brasil (ao invés de comprar assinaturas de ISPs e distribuí-los entre os clientes do banco, embutindo os custos da assinatura na forma de tarifas mais altas), o Bradesco pôde evitar negociações com intermediários e estruturar o crescimento de uma rede de dados a um custo baixíssimo. Com sua base de usuários em crescimento, o Bradesco avançou em direção ao comércio on-line. O Scorpus é o braço eletrônico do banco e desenvolveu estrategicamente uma carteira on-line. Resumindo: onde ficam os dados de transações on-line, número de cartão de crédito, etc”.

Com os intermediários fora do caminho, adivinhe para quê vai servir ao Bradesco o lobby das empresas de certificação digital, espécie de cartórios virtuais, que atestam a veracidade de informações veiculadas pela internet nessa tungada na liberdade individual das pessoas, que consta no projeto do senador Azeredo.

Está revelado o interesse do Bradesco, financiador de Azeredo, nesse projeto.

Quando a Receita Federal decidiu ampliar seus serviços na internet, adivinhe qual empresa chamou para garantir os certificados digitais. Isso mesmo: o Serviço Federal de Processamento de Dados – Serpro – do qual Azeredo foi presidente.

Desde 2001, com a criação da Infra-estrutura de Chaves Públicas (ICP-Brasil), a empresa passou a emitir certificados para órgãos da Administração Pública Federal. O negócio foi tão lucrativo que a empresa apostou no novo negócio e começou a oferecer a certificação como um produto para seus clientes.
Com informações

2 comentários:

Claudio Lins disse...

Uma pequena correção, o nome da empresa de tecnologia do Bradesco é SCOPUS e não Scorpus. Ok!

Anônimo disse...

Deu agora no Globo News uma matéria sobre Francisco Goya e o colombiano Botero. Achei interessente. No começo Goya era certinho, clássico. Depois surtou e passou a desenhar o que chamaríamos de feio ou "desenho errado." Ele pintou os horrores da guerra de forma caótica. O que faz no momento Botero, ao expressar os horrores do narcotráfico na Colômbia e Brasil. Só mesmo através do surto para como estes sofridos por Van Gogh, Botero e Goya para termos obras tão belas. Será que os loucos é que têm a capacidade de alavancar o mundo prá frente. Desculpe-me só estou viajando... Adoro

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