ADILSON TROCA, O DEPUTADO MEDIÚNICO
Além de recorrer aos astros e a instrumentos voadores, o governo Yeda Crusius (PSDB) parece contar também com recursos mediúnicos em sua base de apoio na Assembléia Legislativa. Nesta segunda-feira, o deputado Adilson Troca (PSDB), relator da CPI do Detran, surpreendeu seus colegas ao distribuir uma nota à imprensa antecipando sua avaliação sobre o depoimento de dois ex-presidentes do Detran, Mauri Cruz e Carlos Bertotto, antes que os mesmos acontecessem. A assessoria de imprensa de Troca distribuiu um release aos jornalistas que cobriam a sessão, afirmando que “os depoimentos dos dois ex-presidentes do Detran “trouxeram novos elementos para o trabalho da Comissão”. A nota também destacou “as novas revelações” surgidas dos depoimentos que ainda não tinham ocorrido. Troca achou que iria surpreender deputados e jornalistas com sua capacidade mediúnica. Se deu mal.
O deputado Elvino Bohn Gass (PT) exibiu o release à Comissão e colocou sob suspeição o trabalho do relator. "O episódio é gravíssimo. O relator está sob suspeição. Em 10 anos de Assembléia e já tendo participado de várias CPIs, nunca vi nada igual", disse Bohn Gass que, juntamente com outros deputados, apresentou um requerimento pedindo o afastamento de Troca da função de relator. "O material da assessoria do deputado Troca revela que o relatório dele já está pronto e, lamentavelmente, tudo indica que vem a ser uma peça imprestável porque não leva em conta os depoimentos mas apenas a versão, a tese, a vilania que ele pretende impetrar contra os seus adversários políticos. Uma vergonha!”, desabafou Bohn Gass. Pego com a boca na botija, Troca ensaiou várias explicações, uma mais esfarrapada que a outra.
Primeiro, disse que o documento tinha sido elaborado por alguém que tencionava prejudicá-lo (a sua própria assessoria de imprensa, no caso). Bohn Gass invocou então o testemunho dos jornalistas que estavam presentes na CPI e que, minutos antes, tinham recebido o release das mãos da assessoria tucana. Falecimento para a primeira explicação. Veio a segunda. Troca disse que não havia autorizado a distribuição do material. Se, por um lado, ostenta dotes mediúnicos, por outro, Troca parece não gozar de muitas luzes. Ao dizer isso, admitiu que o release havia sim sido produzido por seu gabinete, mas que a hora da divulgação é que estava errada. Só era para vir a público após os depoimentos, para fazer de conta que não havia sido psicografado. Acabou sobrando para o assessor de imprensa de Troca, o jornalista Rodrigo Wenzel, que perdeu o emprego
DESESPERO EM DOIS ATOS
Além de recorrer aos astros e a instrumentos voadores, o governo Yeda Crusius (PSDB) parece contar também com recursos mediúnicos em sua base de apoio na Assembléia Legislativa. Nesta segunda-feira, o deputado Adilson Troca (PSDB), relator da CPI do Detran, surpreendeu seus colegas ao distribuir uma nota à imprensa antecipando sua avaliação sobre o depoimento de dois ex-presidentes do Detran, Mauri Cruz e Carlos Bertotto, antes que os mesmos acontecessem. A assessoria de imprensa de Troca distribuiu um release aos jornalistas que cobriam a sessão, afirmando que “os depoimentos dos dois ex-presidentes do Detran “trouxeram novos elementos para o trabalho da Comissão”. A nota também destacou “as novas revelações” surgidas dos depoimentos que ainda não tinham ocorrido. Troca achou que iria surpreender deputados e jornalistas com sua capacidade mediúnica. Se deu mal.
O deputado Elvino Bohn Gass (PT) exibiu o release à Comissão e colocou sob suspeição o trabalho do relator. "O episódio é gravíssimo. O relator está sob suspeição. Em 10 anos de Assembléia e já tendo participado de várias CPIs, nunca vi nada igual", disse Bohn Gass que, juntamente com outros deputados, apresentou um requerimento pedindo o afastamento de Troca da função de relator. "O material da assessoria do deputado Troca revela que o relatório dele já está pronto e, lamentavelmente, tudo indica que vem a ser uma peça imprestável porque não leva em conta os depoimentos mas apenas a versão, a tese, a vilania que ele pretende impetrar contra os seus adversários políticos. Uma vergonha!”, desabafou Bohn Gass. Pego com a boca na botija, Troca ensaiou várias explicações, uma mais esfarrapada que a outra.
Primeiro, disse que o documento tinha sido elaborado por alguém que tencionava prejudicá-lo (a sua própria assessoria de imprensa, no caso). Bohn Gass invocou então o testemunho dos jornalistas que estavam presentes na CPI e que, minutos antes, tinham recebido o release das mãos da assessoria tucana. Falecimento para a primeira explicação. Veio a segunda. Troca disse que não havia autorizado a distribuição do material. Se, por um lado, ostenta dotes mediúnicos, por outro, Troca parece não gozar de muitas luzes. Ao dizer isso, admitiu que o release havia sim sido produzido por seu gabinete, mas que a hora da divulgação é que estava errada. Só era para vir a público após os depoimentos, para fazer de conta que não havia sido psicografado. Acabou sobrando para o assessor de imprensa de Troca, o jornalista Rodrigo Wenzel, que perdeu o emprego
DESESPERO EM DOIS ATOS
a Base aliada do governo Yeda Crusius está em polvorosa com os possíveis desdobramentos da CPI do Detran e da Operação Rodin. O recurso do deputado estadual Adilson Troca (PSDB) aos seus dotes mediúnicos, flagrado ontem na Assembléia Legislativa, foi apenas um ato desta peça que revela o desespero que vai crescendo no ninho tucano. O jornalista demitido de seu gabinete acabou assumindo toda a culpa pela produção do texto acima, divulgado antes que ocorressem os depoimentos citados. E Troca tenta sobreviver como pode na relatoria da CPI. O segundo ato dessa peça ocorrerá na sexta-feira, quando a Polícia Federal divulgará o relatório das investigações da Operação Rodin, com os respectivos indiciamentos. Relatório que deve apresentar o nome de, pelo menos, um deputado federal, um ex-deputado estadual e outras figuras destacadas da cena política gaúcha. Nas farmácias, o estoque de Lexotan começa a acabar.
Escrito por Marco Weissheimer
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