O japonês Alckmin
Na visita do presidente Geisel ao Japão, a primeira grande solenidade seria a recepção oficial do imperador Hiroito no Palácio Akasaca, onde os dois se encontrariam (o imperador não vai ao aeroporto).
O lugar de cada convidado estava liturgicamente marcado pelo cerimonial de mil anos. Os quatro ministros brasileiros (Reis Veloso, Severo Gomes, Azeredo da Silveira e Shigeaki Ueki) ficariam imediatamente atrás do presidente Geisel. O imperador Hiroito ia chegar às 9 horas em ponto. Às 8,55, o ministro Scarabotolo, chefe do Cerimonial do Itamaraty, entrou em pânico. Shigeaki Ueki não aparecia e a cadeira dele, na delegação brasileira, estava lá, reservada, vazia como um terreno baldio.
Ueki
O ministro Scarabotolo ia de um lado para o outro, procurava, Ueki não chegava. E o imperador Hiroito já apontando na entrada do palácio. O jornalista Adirson de Barros, brilhante como sempre, sentiu o drama do cerimonialista brasileiro, chamou-o e sugeriu: - Ministro, tenho uma solução. Pegue um japonês desses mais de 200 da segurança que estão rondando por aqui, peça para ele sentar-se no lugar reservado para o Ueki, que ninguem vai sentir a falta dele. O senhor já viu conhecer japonês pela cara?
O Ueki não apareceu, a cadeira dele foi ocupada e Hiroito chegou.
Kassab
O drama do ex-governador Alckmin em São Paulo não é mais nem a certeza, que já vem manifestando aos amigos nos últimos dias, de que não chegará mesmo ao segundo turno para disputar com a Marta Suplicy.
Desespera-o confirmar que, como ao ministro Shigeaki Ueki no Japão, os tucanos, nacionais, estaduais e municipais, Fernando Henrique, José Serra e da Câmara de Vereadores, o substituíram pelo prefeito Kassab. E pior: ninguém percebeu.
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