segunda-feira, 5 de abril de 2010

FHC, quem diria, terminou na UDN: Lula agora é chinês

FHC, o udenista cult, agora é do "Clube da Lanterna" lacerdista: tentando nos livrar do comunismo chinês

Por Brizola Neto, no blog Tijolaço.com

O artigo que Fernando Henrique publica em diversos jornais do país neste domingo – já que não pode mais falar nas reuniões públicas do PSDB – marca definitivamente a entrada do ex-presidente na onda udenista que assola a mídia brasileira. É verdade que não chega a chamar Lula de "comunizante" com todas as letras, mas chega perto.

Eu fico feliz de ter inventado o neologismo que traduz o que FHC diz que Lula e Dilma pretendem fazer com o país, embora a palavra seja meio trava-línguas: é a "chinesização" do regime.

Segundo FHC, um capitalismo no qual " governo e algumas grandes corporações, especialmente públicas, unem-se sob a tutela de uma burocracia permeada por interesses corporativos e partidários. Especialmente de um partido cujo programa recente se descola da tradição democrática brasileira, para dizer o mínimo. Cada vez mais nos aproximamos de uma forma de organização política inspirada em um capitalismo com forte influência burocrática e predomínio de um partido."

Vejam que primor de coerência do agora rejeitado até pelos seus:

"Agora, com as eleições presidenciais se aproximando, as alianças são feitas sem preocupação com a coerência político-ideológica: o que conta é ganhar as eleições. Depois, a força do Executivo se encarregará de diluir eventuais resistências de governadores e parlamentares que se opuserem à marcha do processo em curso, e transformará os aliados em vassalos."

A aliança que sustentou FHC era o quê? A articulação que ele conduziu – e com que métodos! – para viabilizar sua própria reeleição não foi "a força do Executivo" a se encarregar "de diluir eventuais resistências de governadores e parlamentares que se opuserem à marcha do processo em curso"?

Mas o mais comovente é o apelo desesperado de FHC para que "os meninos" Serra e Aécio se unam para enfrentar Dilma, que ele compara, despudoradamente, ao regime militar.

"A aliança entre Minas e São Paulo – que se pode dar de forma variada – salvou-nos do autoritarismo no passado. Uma candidatura que fale a todo o país, que represente a união das oposições e busque o consenso na sociedade é o melhor caminho para assegurar a vitória. José Serra e Aécio Neves estiveram ao lado dos que permitiram derrotar o regime autoritário. Cabe-lhes agora conduzir-nos para uma vitória que nos dê esperança de dias melhores. Tenho certeza de que não nos decepcionarão."

O homem tá ficando perigoso, mesmo…

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