tag:blogger.com,1999:blog-15372707.post760532145037110113..comments2024-03-27T04:14:08.299-03:00Comments on Oni Presente: Manifestações no Brasil e na Turquia são diferentes, diz PatriotaOni Presentehttp://www.blogger.com/profile/16057516075831271725noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-15372707.post-71392795199485611452013-06-20T21:43:13.447-03:002013-06-20T21:43:13.447-03:00Fascistas, Fascistas! Não passarão!!!
Acabo de vo...Fascistas, Fascistas! Não passarão!!!<br /><br />Acabo de voltar da passeata na Av. Paulista, convocada pela direção nacional do PT. Éramos não mais de 200 militantes.<br /><br />Quando cheguei à concentração, na Av. Angélica, vi que talvez não conseguíssemos caminhar nem 100 metros… O ódio dos que estavam na Paulista e que ocupam as ruas há dias era total. Mas esse ódio não era direcionado apenas ao PT. Era contra qualquer bandeira, qualquer movimento social organizado. A CUT estava presente. O Movimento Passe Livre. E a UNE também.<br /><br />Durante a passeata, várias bandeiras foram atacadas, rasgadas e queimadas sob gritos de “Fora PT, vai tomar no cu!”, “o povo acordou”, “oportunistas” e, last but not least, “mensaleiros”!!!<br /><br />Desde o início, foi necessário formar um cordão humano para “proteger” o final da passeata. Às vezes, formava-se um cordão também na lateral.<br /><br />Os ataques acompanharam toda a passeata. Fomos vaiados na maior parte do tempo. O silêncio só veio quando cantamos um trecho do hino nacional. Também gritávamos: “Sem violência”, “Democracia”, “Vem pra rua, vem contra a tarifa”, “olha que loucura, contra partido, parece ditadura” e “R$ 3 não dá, contra a tarifa, é passe livre já”.<br /><br />Durante o trajeto, tentaram invadir a passeata, ameaçaram, provocaram, partindo para a agressão, xingando o tempo todo. Foi tenso. Deu um medo danado.<br /><br />Um dos gritos que se expandia com muita facilidade, espalhando-se pela Paulista, era: “O povo unido não precisa de partido”. Enquanto gritavam, as pessoas, que ocupavam as laterais da avenida, colocavam os braços para cima, em gesto típico do nazismo/fascismo.<br /><br />Seguimos até o Masp. Não sei nem dizer como conseguimos. Nessa hora, os gritos de “abaixa a bandeira” tornaram-se cada vez mais fortes. E os ataques também. Chutes e ameaças, de um grupo de “carecas” e fortões, que seguiu a passeata durante todo o trajeto, tornavam a cena totalmente assustadora.<br /><br />Na altura da estação Trianon-Masp fomos cercados. A passeata tornou-se, praticamente, um cordão humano, de um lado e de outro. Começaram a jogar rojões em cima da gente e bolas de papel com fogo.<br /><br />Nessa hora, correram avisos para que a gente guardasse as bandeiras. Eu, por exemplo, estava empunhando uma bandeira da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (acho que era isso) e desfilei o tempo todo enrolada numa bandeira do PT. Alguém pegou a bandeira da UEE e outro me avisou para tirar a bandeira do PT e guardar na mochila (para evitar linchamento e coisas do tipo, caso a passeata se dispersasse).<br /><br />Para vocês terem uma ideia, eu estava compondo o segundo cordão no fim da passeata. Não foi nada fácil.<br /><br />Nesse momento surgiu o grito: “Fascistas, Fascistas, Não Passarão!!”.<br /><br />O grito foi entoado em uníssono, com muita força. Embora o momento não fosse propício, cheguei a rir quando uma moça, que estava atrás de mim, soltou: “gente, não adianta gritar isso, eles não sabem o que é, vão achar que é só provocação e, ao que parece, somos minoria!!”.<br /><br />E éramos. Depois de alguns minutos, abaixamos as bandeiras, a passeata foi invadida. Dispersamos.<br /><br />Voltei para casa, com a bandeira na mochila, pensando. Pensando muito. Lembrei do Allende.XADhttp://www.scmcampinas.blogspot.comnoreply@blogger.com