EMIR SADER
1/9/2005
Enquanto isso...
Enquanto a direita tenta voltar ao poder e setores da esquerda aceitam ser instrumentalizados por ela, seguiremos lutando que transformar o país no “outro Brasil possível” e indispensável, junto a todas as vítimas dessa imensa ditadura social, especulativa e midiática
Enquanto isso, morrem 10 pessoas por dia no Iraque, uma Constituição é aprovada e divide ainda mais o país.
Enquanto isso, a rejeição do presidente dos EUA chega a seu nível mais alto, não apenas pela condução da guerra no Iraque, mas também pela sua política interna.
Enquanto isso, o Brasil mantém a maior taxa de juros reais do mundo, mais do que o dobro do país que está em segundo lugar, continuando a transferir milhões de dólares diariamente do setor produtivo para o especulativo.
Enquanto isso, o Brasil continua a ser o país mais injusto do mundo – superado apenas por Serra Leoa, pequeno e pobre país africano, envolvido em guerra civil.
Enquanto isso, a violência segue devastando a Colômbia, envolta em um processo de guerra interno com a participação ativa de tropas dos EUA, provocando a maior catástrofe que esse país já viveu. E seu presidente se preocupa com a reeleição.
Enquanto isso, o prefeito de São Paulo aprova publicidade nos uniformes e o governador do Estado privatiza tudo o que vê pela frente – só não consegue privatizar a Febem –, revelando do que seriam capazes de fazer com o país, caso se tornassem presidentes da República.
Enquanto isso, FHC se candidata a ser o homem de confiança do governo Bush na América Latina, atacando o governo de Hugo Chávez, para agradar – como fez ao longo de todo o seu governo – os EUA (onde pretende ser embaixador).
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7 comentários:
Vi o link do seu blog no midia independente, achei muito bem bolada a ideia que vc teve em colocar apenas uma amostra da noticia e colocar o link para as pessoas vir ler aqui no blog, deve ser por isso que seu blog é show de sucesso.
o link éhttp://www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/08/328184.shtml
Delfim Neto nunca bateu prego sem estopa. Foi assim que ele serviu à ditadura e foi o czar da economia durante treze anos. Puxando os generais. Agora, vendo Lula fraco, quase caindo do cavalo, Delfim pulou dentro da arena e está defendendo Lula com ainda mais sofreguidão do que Ciro Gomes.
Delfim foi o mestre de cerimônias de um almoço com 700 executivos do mercado financeiro em Campos do Jordão e deu a palavra de ordem: "Lula tem de reassumir a liderança".
De graça não é. O que é que Delfim quer? Ele acha que a qualquer momento ou Palocci pode ter que sair do Ministério da Fazenda ou Henrique Meirelles é posto para fora do Banco Central. E Delfim está no PBE (Partido da Boca de Espera). Desesperado, Lula teria que ir buscá-lo para um ou outro.
E é aí que Delfim quer dar o pulo do tigrão: entregar definitivamente à agiotagem dos banqueiros a economia, o Orçamento, o governo, o País. O FMI exigiu "superávit primário" de 4,25% (raspar o Orçamento para os banqueiros, cortando investimentos e verbas para obras). Palocci, o servil, acha pouco e já passou o "superávit primário" para 5%.
Agora, Delfim aparece com seu plano de "superávit nominal": subir o "superávit primário" imediatamente para 7% e, em 2006, acabar com as verbas constitucionais do Orçamento para Educação, Saúde e Ação Social, garantindo prioritariamente o pagamento total dos juros. Isso chegaria a 10%.
Há os pescadores de águas turvas. E há os assassinos das noites negras.
Há um zunzunzum dentro da Câmara. Não se fala em outra coisa. O ainda deputado Janene, líder do PP, que recebeu milhões de Marcos Valério, seqüestrou e está chantageando o presidente Severino Cavalcanti, do partido dele. Diz que "se for cassado conta tudo". É por isso que Severino insulta o País, tentando escancaradamente impedir qualquer tipo de cassação.
Parabens Professor Emir Sader, por tão bem revivar os brasileiros da biografia do odiado senador Jorge Konder Bornhausen. Ele é o retrato da colonização de nosso pais.Sabe que seu telhado é de vidro, mas insiste em jogar pedra no telhado dos vizinhos, só que o diabo fornesse sete (7) capas,porem quando se perde a última ele cai fora. Tenho certeza que antes de (eu)passar para outra vida, ainda verei a proteção destes Bornhausen, ACM e outros caidas ao chão e em tempo real. São centenas de anos de domínio de nosso povo por familías dos acima citados. Nosso povo, precisa aprender a ler as entrilinhas das crises. Innicialmente apostaram que o governo LULA não ultrapassaria os primeiros seis mwss, pois haviam deixado um país preparado para implodir, mas o governo LULA coseguiu coforme é público e notório, tirar o nosso BRASIL do atoleiro, mesmo que para isso tivesse que previlegiar questóes econômicas diferentemente das propostase almejadas pelo povo brasileiro. Mas hoje tenho certeza que fez o que era certo. Caso contrario ai sim, é que estariamos perdidos conforme era esperado. Tornousse o maior mascate já conhecido. Vendeu nosso país, abrindo e ampliando as fronteiras comercias, discutindo com os principais dirigentes do mundo a questão da pobreza, da fome, da discriminação, da necessidade de inclusão dessas pessoas. Situação que bem conhece, pois não nasceu em berço de banqueiros, de latifundiários, de grandes dominadores da mídia etc. e tal. Vem, sim de povo sofrido, honrado que comeu o pão de cada dia, amassado com o suor das próprias mãos. Portanto é sim credênciado a saber o que melhor se pode fazer pelo seu povo. E a casta política que manda em nosso país nao quer o povo bem, mas sim na pior para que eles os compre nas eleições durante tres meses,pagando lhes um miséro saláio mínimo e mas 20 a 30 reais para boca de urna. Não criam empregos, privatiza tudo que foi construido com o dinheiro público (que é nosso) e aumenta todos os dias as diferenças sociais. Povo brasileiro, não podemos aceitar a corrupção, temos que punir, seja quem quer que seja o corrupto ou corruptor, mas aceitar esta rasteira suja, que só apura o PT, não. Se é para passarmos o país a limpo, que o façamos em totalidade.
Há forte tendência entre os jornalistas, hoje, para ficar sempre ao lado do Ministério Público. Alguns repórteres quase endeusam os promotores – sempre "jovens", sempre "aguerridos", sempre indignados com as injustiças, sempre prontos para atender à imprensa, especialmente quando há câmeras e microfones.
O problema é que nós somos nós e eles são eles – e isso ficou muito claro, por exemplo, na época da ditadura. Não houve um só processo contra os jornalistas, por mais absurdo que fosse, que não contasse com o suporte de um promotor. E nem se diga que a ditadura tirou a independência do Ministério Público: em pleno regime militar, na fase mais dura dos anos de chumbo, promotores corajosos como Djalma Barreto e Hélio Bicudo enfrentaram o Esquadrão da Morte. Era possível, portanto; e não era condição de sobrevivência pedir a condenação "dos perigosos subversivos" a longas penas de prisão. Voltemos a Djalma Barreto (cujo filho, aliás, é outro promotor de grande qualidade, Dráusio Barreto) e a Hélio Bicudo: ninguém os obrigou, como fizeram alguns outros membros do MP, a explicar a morte "por suicídio" de Vladimir Herzog e Manuel Fiel Filho.
Um Ministério Público atuante é essencial para a vida democrática. Mas esbaforir-se subindo e descendo escadas, no meio de um depoimento, só para dar entrevistas à TV e avisar à família que vai aparecer na Globo, isso não é essencial para a vida democrática. Espalhar denúncias que a Justiça desmonta não é essencial para a vida democrática. Sumir de cena quando seu partido chega ao poder, para não ter de atuar contra ele, não é essencial para a vida democrática.
O jornalista tem de ser cético e crítico, sempre, mesmo diante de promotores jovens, aguerridos e loucos para dar informações. Jornalismo é oposição, ensina Millôr Fernandes. Já o Ministério Público é um braço do Poder Executivo.
Ponto de encontro
Na verdade, há um ponto que jornalistas e promotores têm em comum: uma certa aura de invencibilidade. Temos hoje um jornalista e dois promotores livres após cometerem o mais terrível dos crimes, após violarem o mandamento divino do "não matarás". Antônio Marcos Pimenta Neves, jornalista, matou a namorada há cinco anos e aguarda julgamento em liberdade. Thalis Ferri Schoedl, promotor, matou um rapaz na praia, no fim de 2004, e está em liberdade. Igor Ferreira da Silva, promotor, matou a esposa grávida, tentou simular um assalto, mas acabou condenado a 16 anos. Está foragido, em liberdade, há mais de três anos.
Honrando o Judas
Uma terrível conseqüência dessa aliança que alguns jornalistas fazem com alguns promotores é o elogio da dedoduragem. Na maior parte da historia da Humanidade, os delatores foram muito malvistos. Os mais pragmáticos criaram uma frase interessantíssima: "Aproveite-se a delação e despreze-se o delator". Hoje, delatores são saudados – e por colegas nossos, jornalistas! – como patriotas, como gente de bem. E isso, definitivamente, não são. A propósito, o senador José Sarney escreveu belíssimo artigo sobre este assunto, publicado na Folha de S.Paulo, na sexta-feira (26/8). Vale a pena: leia!
Bordalesa e a delação premiada",
Nos meus tempos de mocidade, a figura do delator era infame. Joaquim Silvério dos Reis, que denunciou Tiradentes, era um maldito. Judas, que vendeu Cristo nas famosas trinta moedas, era um judas. Calabar, o que delatou os brasileiros, entregando-os aos holandeses, ou Lázaro de Melo, que fez a mesma coisa com Bequimão, eram insultos irreparáveis se aplicados a alguém.
A coisa está mudando. Não é bem assim. Pode até ser um ato heróico e louvável. Os delatores, pelo bem público, redimem a lista dos anti-heróis e se incorporam a uma tábua de aliviados benfeitores.
A delação premiada não é invenção brasileira. Vem de longe. Sólon, na velha Grécia, o primeiro das leis da democracia, instituiu-a para estimular pessoas a combater o contrabando e a proteger o Estado. É Plutarco, em suas "Vidas Paralelas", quem nos dá notícia disso. Depois os romanos também a utilizaram. E os tempos modernos fizeram o mesmo. Era a forma escolhida dos nazistas para pegar judeus, técnica de exportação adotada pelo governo de Vichy, aquele que traiu a França. Na Rússia de Stálin, chegou-se ao máximo da denúncia premiada erguendo estátuas ao menino Pavlik Morozov, condecorado e elevado a herói porque denunciara o pai, que estava traindo os ideais socialistas!
Na atual crise brasileira, a delação premiada está na moda, e muitos heróis estão aparecendo, desde Valério até Buratti.
Na Revolução de 64, também houve uma onda avassaladora de denuncismo e de caça aos infiéis. Chegou a tal ponto que o meu querido amigo Alexandrino Rocha, cabra danado de inteligente, notável "causeur", que foi secretário de imprensa de Arraes no seu primeiro governo de Pernambuco, contou-me uma história muito significativa daqueles tempos:
Sinfrônio, nome de cantador, era um guarda-mosquito, daquela legião de homens benfeitores que saía pelo interior do Brasil montado numa burra, correndo caminhos e subindo morros para pulverizar as casas contra muriçocas e barbeiros que transmitiam malária e doença de Chagas. Veio o regime militar. Todos denunciavam a todos. Sinfrônio procurou logo Alexandrino, com receio de ser delatado. "Olhe, compadre, estou com muito medo de perder meu emprego. O senhor sabe que os inquéritos militares estão bisbilhotando tudo. É que a vida inteira eu embolsei a diária que o governo paga para alimentar minha burra Bordalesa. E, agora, depois dessa tal Revolução, Bordalesa, que está muito magra, vive me olhando desconfiada. Eu acho que ela vai me denunciar. O que eu faço?". Alexandrino respondeu: "Capim e milho na burra e não deixe ela aparecer na cidade". Bordalesa não denunciou, mas foi premiada.
Nessa linha, diz-se em Brasília que um comitê de mulheres traídas está fazendo um fundo para entregar àquela senhora de Crato com nome inglês que tem uma firma de recepcionistas. Se ela falar, recebe a bolada.
O problema da delação premiada é saber onde está a verdade e o interesse das pessoas. O que é necessário, desejável e urgente é que os envolvidos não mintam tanto e falem a verdade. Com esta, nada de prêmio a quem se chafurdou na lama da corrupção. A opção entre tortura e delação premiada para investigar crimes é trágica para os direitos humanos. Isso é o que se diz no mundo inteiro. Nos Estados Unidos, hoje, os grupos de direitos civis estão ativos contra esses dois tipos de conduta.
Mas, enquanto isso não acontece, vamos nos acostumar a ouvir a voz dos presídios para ajudar as CPIs na solução da crise.
Agora é esperar a vez de Fernandinho Beira-Mar.
Há situações hilárias. Há situações patéticas. Há situações ridículas. E há situações absolutamente absurdas, inaceitáveis e revoltantes.
O caso da "vovó cineasta", que ao longo de dois anos registrou em vídeo a rotina da criminalidade nas encostas de Copacabana, é emblemático sobre esse último tipo de situação. Foi nada menos que vergonhosa a cobertura da imprensa a respeito do caso. Todas as notícias que vi sobre o assunto se limitaram a enaltecer a bravura da "velhinha justiceira" sem observar o que de mais importante havia ali.
Não contesto nem desmereço o trabalho e a demonstração de cidadania da vovozinha. Pelo contrário. Uma dose de senso de coletividade como o dela é artigo raro no Brasil. Fixamos o olhar em nosso próprio umbigo, fazemos de conta que o mundo e os problemas ao nosso redor são meras abstrações e assim tocamos a vida, colaborando com a perpetuação da realidade terceiro-mundista que não larga do nosso pé.
Muito trabalho...
Só que o que a imprensa não percebeu (ou teve preguiça de perceber) é que a ação da vovó é a prova mais cabal da falência de qualquer tipo de política de segurança pública no Brasil. O Estado definitivamente abriu mão da sua responsabilidade e atribuiu ao cidadão o papel de polícia, de investigador e, claro, o de eterna vítima (por isso, duvido muito que o desarmamento vingue por aqui).
As palavras do secretário de Segurança do Rio, Marcelo Itagiba, na coletiva sobre o caso deveriam ter sido duramente questionadas, ou mesmo combatidas, pelos jornalistas que ali estavam, e não meramente reproduzidas em tom ufanista.
Mas isso daria muito mais trabalho e, certamente, não renderia uma chamada tão interessante quanto a da "vovócop".
Justiça
TCU vê gestão desastrosa do IRB no governo FHC
Acionado para verificar denúncias de irregularidades no Instituto de Resseguros do Brasil durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou operações com investimentos da estatal no exterior considerados, além de irregulares, "um desastre", mas no governo anterior, de Fernando Henrique Cardoso. O TCU descobriu que, para fazer uma "realocação" de US$ 240 milhões, em investimentos no exterior do IRB, em 2002, a estatal sofreu, de imediato, um prejuízo de US$ 5,4 milhões (R$ 21,3 milhões, pelo câmbio da época), ao retirar, em um momento desfavorável, aplicações que detinha nas instituições Goldman Sachs & CO, Morgan Stanley Dean Witter e Salomon Brothers.
Entre as denúncias feitas pelo deputado Roberto Jefferson sobre irregularidades no governo Lula, com participação do empresários Marcos Valério de Souza, está a suposta tentativa de transferir recursos internacionais do IRB para o Banco Espírito Santo, do grupo Portugal Telecom, na qual parte dos ganhos da instituição financeira portuguesa, cerca de R$ 24 milhões, seria repassada a dirigentes políticos aliados. Tanto o IRB quanto o BES negam o acerto para desvio do dinheiro.
O TCU afirma que, embora tenha identificado uma proposta do BES para receber aplicações do IRB no exterior, o negócio não foi concretizado, o que impede a apuração de qualquer possível irregularidade recente. Mas os técnicos são severos em relação ao negócio feito no governo anterior com as reservas do IRB. "O indigitado investimento realizado em 2002 deu prejuízo antes mesmo de se concretizar", conclui o relatório dos técnicos do TCU, encaminhado ao Ministério Público e à CPI dos Correios pelo ministro-relator Benjamin Zymler. Para Zymler, essa transferência, com prejuízo de quase US$ 5 milhões para o IRB, está "no cerne das irregularidades" encontradas pela investigação sobre as aplicações financeiras da estatal no exterior.
Rendimentos
O relatório do TCU também diz que o IRB poderia ter lucrado US$ 438,4 milhões a mais se não tivesse feito a transferência de recursos feitas no governo passado e mantivesse o valor aplicado em 2002 no Fundo Extramercado do Banco do Brasil. Esse cálculo pode estar superestimado, porém, porque não considera que ainda não acabou o prazo de aplicação do investimento, de 2007. E é fortemente influenciado por um fator fora do controle das autoridades, a forte desvalorização do dólar no período. O IRB segundo a assessoria da seguradora, lembra que a aplicação mantida nos três bancos no exterior tem garantia de principal, ou seja, a estatal receberá de volta, no mínimo, o capital aplicado, e que o mais aconselhável seria esperar até o fim do prazo de aplicação para apurar o resultado do investimento.
Quando houve a aplicação, cada dólar valia R$ 3,95; no dia em que os técnicos do TCU fizeram os cálculos para comparação de rendimentos, o dólar havia desvalorizado em 40%, e já valia R$ 2,30, o que impõe uma perda, só pelo câmbio, a qualquer aplicação em moeda americana no período. O TCU nota que a gerência de investimentos da estatal se opôs, em 2005, à concretização das transferências propostas pelo BES e também pelos bancos Winterbotham Merchant Bank e UBS Investment Bank, alegando contrariarem a política de investimentos da empresa. Os técnicos perguntam, no relatório, como foi possível fazer as transferências em 2002, se, naquela época, já vigorava a mesma política usada como argumento para deter o negócio proposto em 2005.
Rentabilidade
O negócio firmado em 2002 contraria a norma que proíbe o IRB de manter no exterior mais de 50% de suas reservas. Hoje, as reservas fora do país ainda somam 65,8% do total. A transferência feita em 2002 não passou desapercebida na época, e foi denunciada pelo sindicato dos funcionários, o que levou o deputado Ricardo Berzoini, então na oposição, a requerer informações do Ministério da Fazenda sobre o negócio. O Ministério da Fazenda e a direção do IRB, na época, argumentaram que a garantia do principal e a assessoria de consultoria estrangeira para a aplicação dos recursos seria a melhor forma de assegurar retorno vantajoso para os investimentos feitos. Previa-se rendimentos médio anual entre 8,68% e 10,62% para as aplicações.
O TCU constatou, no entanto, que a rentabilidade média foi de 5% até 2004, e está negativa neste ano. O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), sub-relator de movimentações financeiras da CPI dos Correios, que recebeu a documentação do TCU, confirmou que o relatório do tribunal indica tráfico de influência e equívocos na condução do IRB em 2002, ainda sob o governo Fernando Henrique Cardoso. "Esse relatório mostra que houve má gestão do IRB", afirmou Fruet. "Ainda não li tudo, apenas as conclusões", ressalvou, ao rejeitar mudanças na investigação pelo fato de os problemas terem ocorrido na gestão de seu partido. "Não tem problema. Vamos investigar", afirmou.
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