Os motoristas de Osasco foram surpreendidos nesta quinta-feira, (1), nos semáforos das principais vias que dão acesso às pistas pedagiadas da região. Pela manhã, integrantes do Movimento Pedágio Justo distribuíram uma cartilha sobre a proliferação da grande quantidade de pedágio no Estado de São Paulo e o quanto estes prejudicam o desenvolvimento econômico de diversas cidades e regiões. Além do material explicativo, foi oferecido aos motoristas adesivos com a frase: “São Paulo não agüenta mais pedágios abusivos”. Os coordenadores do movimento afirmaram que a população apoiou e aderiu a ideia, colando os adesivos nos vidros dos veículos, e assim, terminando com todos os materiais em poucas horas de atividade. Para o motorista Valderci, que mora em Carapicuíba, considera caro os pedágios para quantidade de quilômetros percorrido por ele. “Para ir ao serviço rodo Segundo estudo do Movimento Pedágio Justo, as tarifas de pedágios no mundo variam entre R$ 0,02 e R$ 0,04 por km rodado, enquanto São Paulo cobra de R$ O caminhoneiro autônomo, Carlos Alberto Rodrigues, que realiza viagens por todo o país, admite não valer a pena prestar serviços no Estado de São Paulo. “Nosso frete é muito barato. Eu viajo o Brasil inteiro e constato que os pedágios do Estado de São Paulo são os mais caros, o que acaba sendo inviável para nós”. A balconista, Michele Gomes Garcia, que trabalha em Carapicuíba, é mais uma trabalhadora que sofre com o grande número de pedágios no Estado. Segundo ela, o preço cobrado pode ser barato, mas acaba sendo oneroso no final do mês. “Meu amigo teve que comprar aquele tíquete de passe livre, pois não é sempre que temos dinheiro para pagar. O preço pode nem ser tão caro neste trecho que percorro, mas pago na ida e na volta, isso acaba enganando e no final do mês faz diferença no salário”. No Estado de São Paulo, em apenas 13 anos, o governo do PSDB construiu 180 novos postos de cobrança de tarifa, sendo estes os mais caros do país. Só no governo Serra foram 82. Para o corretor de imóveis, Luis Ribeiro, que trabalha em Alphaville, o valor do pedágio tem influência direta na economia e no desenvolvimento das cidades. “O que percebemos é que o grande número de pedágio tem afastado investidores para região de Osasco e Barueri, pois o volume de pedágio encarece muito o custo das operações comerciais”. Segundo o Movimento Pedágio Justo, este é uma ato de cidadania em defesa de toda população, que sofre diretamente com o repasse de preço do pedágio no valor dos produtos consumidos pelos trabalhadores paulistas. Este impacto reflete principalmente para os mais pobres, que paga a tarifa embutida no preço dos alimentos e no transporte público, através da utilização do ônibus intermunicipal, que repassa o custo a seus passageiros.
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