terça-feira, 5 de outubro de 2010

Serra normatizou o ABORTO, no documento abaixo

Documento mostra que Serra normatizou o aborto em 1998

 
 

Na reta final do primeiro turno, uma onda de boatos na internet e em cultos em igrejas de diversas religiões acusou a candidata a presidente Dilma Rousseff (PT) de ser favorável ao aborto. Em suas declarações, Dilma esclareceu que apoiava o aborto apenas nas hipóteses previstas em Lei, como nos casos de estupro ou risco de vida à gestante. Mas as acusações não atingiram o principal adversário da petista, o tucano José Serra, apesar de ele, em 1998, então à frente do Ministério da Saúde, ter regulamentado a prática do aborto.

Naquela época, Serra normatizou a realização do aborto segundo a previsão legal. Mesmo permitido desde 1940, poucos serviços públicos faziam o aborto.


I - APRESENTAÇÃO

As mulheres vêm conquistando nas últimas décadas direitos sociais que a história e a cultura reservaram aoshomens durante séculos. no entanto, ainda permanecem relações significativamente desiguais entre ambos os sexos, sendo o mais grave deles a violência sexual contra a mulher.

 
É dever do Estado e da Sociedade civil delinearem estratégias para terminar com esta violência. E, ao setor saúde compete acolher as vítimas, e não virar as costas para elas, buscando minimizar sua dor e evitar outros agravos.

 
O braço executivo das ações de saúde no Brasil é formado pelos estados e municípios e, é a eles que o Ministério da Saúde oferece subsídios para medidas que assegurem a estas mulheres a harmonia necessária para prosseguirem, com dignidade, suas vidas.

José Serra
Ministro da Saúde





 A normatização deu respaldo político e técnico para que mais hospitais o realizassem. O então deputado federal Severino Cavalcanti (PP-PE) apresentou um projeto de decreto legislativo para barrar a normatização. Segundo o projeto, Serra definia "o ato de ceifar uma vida inocente" como "o esvaziamento da cavidade uterina". Cavalcanti ganhou apoio de entidades contrárias ao aborto, mas o projeto foi derrubado.

Em 2001, ainda sob o governo tucano, o Ministério da Saúde começou a distribuir com Estados e municípios a pílula do dia seguinte. Serra ainda ocupava a pasta. Entidades católicas foram a público dizer que a pílula é abortiva. Em 2005, já no governo Lula, o ministério ampliou a distribuição da pílula a postos de saúde.

Alguns trechos da norma assinada em 1998:

“As equipes envolvidas diretamente na assistência deverão receber treinamento sobre o atendimento humanizado às mulheres que poderão ser submetidas à interrupção da gravidez. Os médicos deverão, além disso, ser treinados para a utilização das diferentes técnicas recomendadas para a interrupção da gestação.”

“Procedimentos para a interrupção da gravidez
O procedimento deverá ser diferenciado, de acordo com a idade gestacional.
I. Até 12 semanas, podem ser utilizados, para o esvaziamento da cavidade uterina, os dois métodos identificados a seguir.
1. Dilatação do colo uterino e curetagem
2. Aspiração Manual Intrauterina (Amiu)”

“II. Idade Gestacional entre 13 e 20 semanas
A interrupção da gravidez dar-se-á mediante a indução prévia com misoprostol na dose de 100 a 200mcg no fundo de saco vaginal, após limpeza local com soro fisiológico, a cada 6 horas. A critério clínico, poderá ser associado o uso de misoprostol oral ou ocitocina endovenosa.”


Esse é o famoso procedimento do SUS elaborado por Serra quando era ministro da saúde, onde ele ensina como se deve praticar o aborto.

Leia e divulgue para seus amigos, especialmente àqueles religiosos que votaram em Marina ou Serra, achando que eles eram contra tais práticas.




 
3. Equipamentos e instrumental


A unidade deverá dispor de equipamentos e materiais permanentes, em perfeitas condições de uso, que satisfaçam as necessidades do atendimento. É importante que a unidade esteja equipada de tal modo a conferir-lhe autonomia e resolubilidade. Os materiais e equipamentos necessários são:

 
• mesa e cadeiras para consulta
• mesa ginecológica estofada e banqueta
• jogo de espéculo vaginal tipo Collins
• jogo de pinças Cheron
• ácido acético a 2%
• lugol
• vaselina
• papel filtro
• espátula ou swab para secreção vaginal
• luvas para exame (estéreis e de procedimentos)
• mesa auxiliar
5
• escadinha
• foco de luz
• aparelho de pressão
• estetoscópio
• biombo.

Aparelhos adicionais sugeridos:

• colposcópio
• aparelho de ultra-sonografia
• máquina fotográfica simples e filme ( para fotografar possíveis lesões)
Além dos equipamentos próprios de um centro cirúrgico, o serviço deverá contar com:
• caixas de material para curetagem
• jogo de velas de Hegar
• kit para aspiração uterina – manual ou elétrica


 Até 12 semanas, podem ser utilizados, para o esvaziamento da cavidade uterina, os dois métodos identificados
Procedimentos para a interrupção da gravidez (ABORTO)
 
O procedimento deverá ser diferenciado, de acordo com a idade gestacional.



1.Dilatação do colo uterino e curetagem


Deverá ser realizada em centro cirúrgico equipado adequadamente, com todos os cuidados de assepsia eantissepsia, sob anestesia, devendo-se evitar a anestesia paracervical. A dilatação do colo uterino deverá sersuficiente para a introdução de pinça de Winter, que servirá para a tração das membranas ovulares. Depois, será procedida a curetagem da cavidade uterina. É recomendável que se introduza um comprimido de misoprostol 200mcg (Cytotec) intravaginal, no mínimo 12 horas antes do procedimento, destinado ao preparo do colo uterino com vistas ao menor traumatismo durante a dilatação.


2.Aspiração Manual Intra-Uterina (AMIU)


A aspiração manual compreende um jogo de cânulas plásticas flexíveis de tamanhos que variam de 4 a 12mm de diâmetro, além de um jogo de dilatadores anatômicos nos mesmos diâmetros, seringas de vácuo com capacidade para 60ml e um jogo de adaptadores para conectar a cânula à seringa. Preferentemente, deve ser feita sob anestesia local (paracervical) ou outra anestesia.

A técnica consiste em dilatar o colo uterino até que fique compatível com a idade gestacional. Introduz-se a cânula correspondente e se procede à aspiração da cavidade uterina, tomando-se o cuidado de verificar o momento correto do término do procedimento, ocasião esta em que se sente a aspereza das paredes uterinas, a formação de sangue espumoso e o enluvamento da cânula pelo útero, e em que as pacientes sob anestesia paracervical referem cólicas.


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