O líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia  (PT-SP), confirmou que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, vai à  Câmara para falar sobre a Operação Porto Seguro, que investiga o envolvimento  de servidores do Executivo e de agências reguladoras em um esquema para obter  pareceres técnicos fraudulentos que seriam vendidos a empresas interessadas.
    
  O ministro participaria de audiência pública na manhã desta terça-feira (27),  na Comissão de Segurança Pública, para falar da crise em São Paulo, mas não  compareceu. A reunião foi remarcada para a terça-feira da semana que vem (4).
  
  "Como o ministro já viria, ele participará de uma nova reunião da Comissão  de Segurança Pública para explicar a operação, sua dimensão e  implicações", disse Chinaglia. Ele disse que o chefe da Advocacia-Geral da  União, Luís Inácio Adams, também poderá vir à Câmara, se for oportuno.
  
  Chinaglia descartou a convocação de envolvidos no esquema, como a ex-chefe de  gabinete da Presidência da República em São Paulo Rosemary Nóvoa Noronha,  demitida após a operação da Polícia Federal. "É público e notório que há  exagero em chamar pessoas que já foram demitidas", disse, referindo-se aos  vários requerimentos apresentados pela oposição de convocar os denunciados na  operação da Polícia Federal .
  
  Chinaglia disse que o governo fez a sua obrigação diante das investigações:  afastou os envolvidos das agências, demitiu outros e vai rever os atos realizados  pelas pessoas investigadas. E afirmou que a base aliada não vai permitir o uso  político do episódio com a tentativa de envolvimento do ex-presidente Lula.  "Não vamos permitir tentativas de envolver indevidamente o presidente  Lula", disse.
  
  
  
Nenhum comentário:
Postar um comentário