sexta-feira, 19 de agosto de 2005

NOTÍCIA "ESCONDIDA" NO SITE DO ESTADÃO DE HOJE.

Ex-assessor de Palocci acusa políticos do PT, PSDB e PMDB -

Ribeirão Preto, SP
- O promotor de Justiça Naul Felca disse que o ex-assessor do ex-prefeito de Ribeirão Preto e atual ministro Antonio Palocci, Rogério Buratti, citou, em seu depoimento na polícia, vários nomes de políticos do PT, PSDB e PMDB que estariam envolvidos no esquema de corrupção entre empreiteiras e prefeituras paulistas ligado ao serviço de coleta de lixo.
Felca não citou os nomes apontados por Buratti, mas prometeu divulgá-los após a conclusão do depoimento. Segundo ele, Buratti está colaborando de "maneira eficaz" nas investigações.
De acordo com declarações de Buratti, transmitidas pelo promotor, o dinheiro pago por empreiteiras mensalmente não era destinado ao financiamento de campanhas eleitorais.
"O pagamento era feito a pessoas e a prefeituras e o acerto era feito com prefeitos e funcionários públicos", disse o promotor.
Felca admitiu que é possível que Buratti deixe em liberdade a delegacia seccional de Ribeirão Preto, onde presta depoimento.
"É lógico que a delação premiada tem várias vertentes e uma delas é, em havendo colaboração espontânea e efetiva com dados concretos, sair em liberdade", disse o promotor.
O promotor disse que as informações envolvendo prefeitos terão de ser apuradas pela Procuradoria Geral de Justiça do Estado de São Paulo e que o procurador geral Rodrigo Pinho está acompanhando, por meio de contatos, o depoimento de Buratti em Ribeirão Preto.
Já as afirmações feitas contra o ministro Antonio Palocci serão encaminhadas ao STF, única instância judiciária que tem poder para investigar um ministro de Estado.

9 comentários:

Anônimo disse...

Não vai ser o ACM Neto, do PFL ladrão e corrupto, que vai agora posar de vestal da moral e do bom trato com a coisa pública. Dá vontade de chegar pra ele, apontar o dedo na cara dele e dizer: "Quem você pensa que é, seu playboyzinho reacionário! Sabe quem é seu avô? É o maior ladrão, o maior oligarca do Brasil". Dono de jornal e redes de transmissão de TV na Bahia, ACM tem dezenas de processo de corrupção contra ele, a começar por aquele último em que roubou a lista dos que votaram contra e a favor do deputado Luis Estevão, ferindo a ética parlamentar.

Anônimo disse...

lembrança é inevitável diante do cenário criado com as manifestações de ontem (16) e hoje (17). Vistas pelas lentes da "grande imprensa", elas são assim: a primeira é uma "passeata de claques pagas pelo Estado" e a segunda uma possibilidade de a oposição ter nas mãos o que o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), chamou de pedido da "sociedade" pelo impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não parece haver argumentos muito brilhantes, no plano prático da luta política, a favor do ato de hoje (17), liderado pelo PSTU. Alastram-se indicativos de que os elementos de classe contidos na crise não satisfazem os neurônios dos militantes "revolucionários" educados no preceito do vanguardismo febril do trotskismo.

Dois erros nunca se anulam

Um texto intitulado "Fora todos!", por exemplo, publicado no site do PSTU, diz que "apenas uma revolução socialista no país e a construção de um Estado dirigido pelos trabalhadores pode acabar com a corrupção". É preciso algum traquejo para distinguir os sintomas dessa doença infantil. Com seu discurso "radical", esse movimento quer mesmo é produzir encrenca e desgastar o governo. Ao tentar atiçar as massas contra um sistema de representação que considera inócuo para construir um dique contra o capitalismo — isso em meio a uma tempestade de dimensões históricas —, ações como essa servem mesmo para ser explorada pela mídia e engrossar a oposição direitista. O termo "quinta-coluna" cai como uma luva — a manifestação é contra o capitalismo e ponto

Anônimo disse...

E há ainda aquele jacobinismo-trotskista embolorado — como se viu ontem nas manifestações do PSTU contra o presidente Lula em Taubaté (SP) — que não consegue enxergar nada além de seu nariz exageradamente virado para a esquerda. Nem a Velhinha da cidade famosa acredita na eficácia, para as bandeiras progressistas, de manifestações como essas. Eis a vida como ela é: um enorme contingente de propagandistas da reação atuando em meio à crise política. É o caso aqui de lembrar as famosas palavras de Karl Marx em O Dezoito Brumário de Luis Bonaparte: "Hegel observa em uma de suas obras que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes. E esqueceu-se de acrescentar: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa."

Os ferozes coroneizinhos que atuam na CPI dos Correios — ACM Neto e Rodrigo Maia — e os coroneizões bem representados naquela instância, indicados pela dupla PSDB-PFL, repetem aquelas pirotecnias antigetulista da UDN. Na ocasião, houve uma tragédia: o suicídio de Getúlio Vargas. Hoje, o que se repete é a farsa. O pau do circo funciona também como fio condutor dos traços de feudalismo expostos em episódios como esses. Diferentemente de países como a França e os Estados Unidos, o Brasil não realizou completamente sua revolução burguesa. O modo de produção baseado na escravidão foi oficialmente abolido, o sistema político passou de monarquia a república, o país trocou o campo pela cidade e a lavoura pela fábrica.

Anônimo disse...

Um fantasma ronda o Brasil: o fantasma do impeachment. Todas as potências do velho Brasil unem-se numa Santa Aliança para conjurá-lo: desde políticos matreiros de partidos tradicionais até vozes insuspeitas como as do pensador Leonardo Boff e do jornalista independente Elio Gaspari. Afora oportunistas da condenação do pecado alheio, quase ninguém quer que Lula seja defenestrado; há ainda o consenso de que seria pior para o país e de que a “governabilidade” seria posta em risco. Aí está um conceito digno de análise.

O czar tupi, encarnado pelo melífluo FHC, autoproclamado donatário da tal governabilidade, clama para que os “restauradores da ética” atenham-se aos fatos atuais e não se dediquem ao fuçamento de mazelas anteriores. A ele e ao seu pequeno grupo interessam o impeachment e uma transição rápida e turbulenta. Só dessa forma seria possível jogar fora o bebê (seu passado digno de muitas CPIs) junto com a água das articulações que poderiam fazer emergir concorrentes sem prontuário, como Serra. FHC pretende-se o candidato “natural” para este momento.

Anônimo disse...

A direita sempre foi moralista e hipócrita. Enquanto o PT assumiu seus erros, assumiu o Caixa 2, os outros partidos grandes seguem negando o óbvio. Venceram, como sempre, os mentirosos.

Anônimo disse...

Intimamente, torço para que as denúncias sejam, apenas, palavreado defensivo de quem já está atolado até o nariz.
Mas, se houver qualquer evidencia, por menor que seja, confirma-se que a rede de obtenção de recursos, necessária para embasar o projeto de poder do PT, já existia há tempos, apodrecendo tudo.

O toque de Midas, ao contrário.

Uma praga insidiosa, nefasta, corrompendo, paulatinamente, nossas instituições já tão combalidas, sob o manto da esperança.

Uma praga que precisa ser eliminada, custe-nos o que custar, para que possamos erguer nossas cabeças e vislumbrar um futuro melhor.

Anônimo disse...

Eis que voltamos ao início de tudo. Lutando contra a midia, a direita e o PSTU. Aqui estou eu novamente, um dos últimos poetas políticos do mundo.


Li hoje alguns editoriais da Folha de SP e notei que o Clóvis Rossi fala em "esquerdistas descerebrados" para designar os que falam em golpe branco da direita. Ora, sr.Rossi, não creio que um Wanderley Guilherme dos Santos, cientista social, editor da revista Inteligência, um dos poucos a prever o golpe de 64, seja nem esquerdista nem descerebrado. Pode até ser que ele seja simpático aos ideais de esquerda. Mas num país como o Brasil, com tanta gente miserável, morando nas ruas, com tantos problemas sociais, ser de esquerda tem sido o caminho de todos os intelectuais que fazem jus a esse título. Até o PSDB, por exemplo, se entitula de esquerda, e creio que a sigla pode mesmo abrigar alguns parlamentares dignos do conceito.

Outro ponto significativo é que intelectuais "esquerdistas", ou melhor, "ultra-esquerdistas", que atacam, desde o início, o governo Lula, mas que haviam recolhido suas línguas ferinas quando os índices econômicos e a política externa começaram a mostrar resultados positivos, sobretudo no item empregos - esses intelectuais voltam agora com força total, aproveitando-se do momento delicado, sem demonstrar o mínimo cuidado para que suas declarações se transformem em munição para a direita desestabilizar o governo e aplainar o caminho para sua volta ao poder. Parecem deslumbrados com a oportunidade que a mídia lhes proporciona. São eles: Fábio Comparato, Cesar Benjamim, Chico Oliveira, Plinio de Arruda Sampaio. Ou seja, são os mesmos, mas a mídia tem "requentado" as acusações que eles fazem, algumas delas bastante pertinentes, embora utilizadas estrategicamente não para o aprofundamento da orientação socialista do governo Lula e sim no sentido de enfraquecê-lo e mesmo derrubá-lo.

Tudo bem, tudo faz parte do jogo dialético que governa o mundo. Globo e a mídia contra o Lula, é assim que estávamos acostumados e não a postura anterior do Globo, que parecia estar sendo favorável ao governo. Hoje vemos que o Globo apenas temia Lula e sua poderosa força popular.

Nunca os repórteres do Globo realizaram , nem o fazem agora, investigações meticulosas sobre os bastidores dos governos do PSDB e do PFL. Ótimo, estão ajudando o PT a adotar a tolerância zero e a voltar a ser o que era.

Anônimo disse...

A CUT/SP deverá realizar, no dia 26 de agosto, uma grande manifestação, em frente ao MASP, em que pretende denunciar os desmandos e a corrupção no governo de Geraldo Alckmin, os quais tem sido sistematicamente abafados pela mídia.

Anônimo disse...

crises políticas

as guerras começam assim
devagar, em golfadas
de amor não correspondido
em crises políticas
em crises de ciúmes
em crises de fome

as guerras são filhas
da História, que venderam
seus corpos
em troca de jóias, poder e lingeries

as elites adoram guerras
apesar de sempre fugirem à linha de frente
o povo não quer a guerra, nunca,
mas quando ela vem,
vinte mil anos de barbárie
vêm à tôna

as elites pensam que podem
derrubar governantes
e depois ir ao teatro
rir das peças idiotas do Miguel Falabella

as elites começam as guerras
mas nunca sabem como terminá-las
não conhecem as agruras do povo
não compreendem que os pobres
não querem apenas desenvolvimento econômico,
e sim um pouco de ajuda direta pra sair da merda

assim começa a guerra
com a elite gritando nos jornais
gritando nas revistas, na tv
sempre longe das favelas
das periferias, dos acampamentos
onde ainda ecoam clamores revolucionários

o povo, porém, não é tão burro quanto eles pensam
ele tem coração, intuição
e já está planejando o contra-golpe
ao ataque traiçoeiro que percebe
nos porões das notícias

o povo, claro, somos eu e você,
e estamos aqui, entre a porta e a rua,
esperando a hora de agir
de exigir respeito à democracia e à verdade

o trabalhador é simples, confuso às vezes,
mas firme em sua fome de justiça
não tirem a esperança do povo
porque, enquanto a classe média se afunda
num sofá velho e confortável
murmurando palavras de desencanto
o povo dança uma dança estranha
entre a euforia
e o ódio

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