segunda-feira, 22 de agosto de 2005

Quando os fatos da vida real tornam-se antagônicos aos nossos conhecimentos, dogmas e princípios, a nossa mente dá uma vacilada. Acho que o cérebro põe a mão na cintura, franze a testa e vai fazer uma acareação entre nossa memória e nosso consciente para saber, afinal, quem está mentindo.

Há boatos de que a lógica e a racionalidade abandonaram o emprego pois sentiram-se sobrecarregadas, já que a justiça foi demitida por desempenho aquém do esperado. O resultado é que, nos últimos meses, estou achando que minha mente, mente.

A política no Brasil está começando a ficar divertida. A pavorosa, monótona e insuportável TV Senado, está transmitindo uma novela com recordes de audiência. O segredo do sucesso é alternar o enredo entre drama, comédia, policial e ficção. Além de ser ao vivo, é super emocionante.

Tem tramas maquiavélicas, bandidos, mulheres traídas, um careca malvado, encontros secretos na Europa, subversivos, ameaças, brigas, uma morte misteriosa (pelo menos para o BÓRIS CASOY e o pessoal do PSDB e PFL), malas e mais malas de dinheiro, escutas telefônicas e até uma bomba em um palácio.

Alguns capítulos foram rodados nas Bahamas e outros em Portugal. A novela chama-se CPI. Mas, nos últimos capítulos, acho que eles exageraram na ficção, pois (imagine!) de repente, apareceram do nada dois personagens que vão decidir todo o futuro político do país: uma cafetina e um presidiário.

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