quarta-feira, 28 de setembro de 2005

A FÁBULA DA GALINHA E DA ÁGUIA. (SUGESTIVO?)



A você BLOGUEIRO(a) (sem NOÇÃO) que me lê em "segundo plano", este, que é com certeza,um blog petista. Sim, a você que sempre dá varias zapeadas nos blogs petistas. É preciso saber bem com quem estamos lidando.


Juízo de fato e de valor

Se dissermos: "Está chovendo", estaremos enunciando um acontecimento constatado por nós e o juízo proferido é um juízo de fato. Se, porém, falarmos: "A chuva é boa para as plantas" ou "A chuva é bela", estaremos interpretando e avaliando o acontecimento. Nesse caso, proferimos um juízo de valor.

Juízos de fato

São aqueles que dizem o que as coisas são, como são e por que são. Em nossa vida cotidiana, mas também na metafísica e nas ciências, os juízos de fato estão presentes. Diferentemente deles, os juízos de valor, avaliações sobre coisas, pessoas, situações, são proferidos na moral, nas artes, na política, na religião.


Juízos de valor avaliam coisas, pessoas, ações, experiências, acontecimentos, sentimentos, estados de espírito, intenções e decisões como bons ou maus, desejáveis ou indesejáveis.
Os juízos éticos de valor são também normativos, isto é, enunciam normas que determinam o dever ser de nossos sentimentos, nossos atos, nossos comportamentos. São juízos que enunciam obrigações e avaliam intenções e ações segundo o critério do correto e do incorreto.

Os juízos éticos de valor nos dizem o que são o bem, o mal, a felicidade. Os juízos éticos normativos nos dizem que sentimentos, intenções, atos e comportamentos devemos ter ou fazer para alcançarmos o bem e a felicidade... Enunciam também que atos, sentimentos, intenções e comportamentos são condenáveis ou incorretos do ponto de vista moral.

Como se pode observar, senso moral e consciência moral são inseparáveis da vida cultural, uma vez que esta define para seus membros os valores positivos e negativos que devem respeitar ou detestar. *

Eu disse: Quem estabeleceu o financiamento público de campanha antes de todo mundo foi o PSDB!"

Ora, BLOGUEIRO (a) (sem NOÇÃO) que me lê em "segundo plano", eu apenas enunciei um acontecimento constatado por nós e o juízo proferido foi um juízo de fato. Se, porém, tivesse, eu, esse humilde BLOGUEIRO, falado:

1) O fato de ter começado hoje ou ontem muda alguma coisa do que o PT
fez?


2) Quem quer a "impunidade" de Eduardo Azeredo é TÃO CANALHA QUANTO OS PETISTAS. De minha parte, comprovada a culpa, tem que ser punido, seja petista, seja o diabo que for.


3) A canalhice anterior justifica a canalhice atual?
Então depois do assalto ao trem pagador estamos todos autorizados a roubar e basta que digamos "ora, o assalto do trem aconteceu antes do que eu fiz"?


4) Hitler matou milhares. Por isso estamos todos autorizados a matar? Os atos de Hitler justificam todos os assassinatos cometidos depois?
Srs. petistas,burrice tem limites! Quem mandou vocês posarem de vestais durante 25 anos? Agora são cobrados, sim. E tem que ser mesmo. Não adianta ir buscar erros desde Cabral para justrificar seus erros. Eduardo Azeredo iniciou, e por que vocês aderiram, aumentaram e até sofisticaram a canalhice? Por que são uns santinhos?

5) Blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá...

Estaria interpretando e avaliando o acontecimento. Nesse caso, proferindo um juízo de valor.


Recomento, como exercício de interpretação, a fábula contada por Leonardo Boff, em seu livro O despertar da águia.

De acordo com a fábula, um pequeno filhote de águia foi encontrado por um homem que passou a criá-lo com as galinhas. Assim, o filhote cresceu, bem alimentado e cuidado, dentro de um galinheiro acreditando ser uma galinha. Um dia, chegou ao sítio em que o homem vivia um naturalista que reconheceu o animal como uma autêntica águia. Tomou o animal no colo e disse-lhe: “Voe, você é uma águia”. Mas o animal pulou dos braços do naturalista e voltou para o galinheiro. Determinado a fazer o animal voar, pois, afinal, tratava-se da ave que alcança as maiores alturas, pegou novamente o animal e o levou para o alto do telhado e disse-lhe, outra vez: “Voe, você é uma águia!”. Ainda acreditando ser uma galinha, a águia pulou do telhado de volta para junto das outras galinhas. Até que, inconformado, o naturalista, levou o animal para o pico de uma montanha. Lá, a ave vendo o brilho do sol e o horizonte em sua frente, abriu suas asas e voou, seguindo, assim, sua vocação e destino de águia.

Cada um hospeda dentro de si uma águia. Sente-se portador de um projeto infinito. Quer romper os limites apertados de seu arranjo existencial. Há movimentos na política, na educação, e no processo de mundialização que pretendem reduzir-nos a simples galinhas, confinadas aos limites do terreiro. Este livro sugere caminhos, mostra uma direção e projeta um sonho promissor.


“todos nós temos uma dimensão águia e uma dimensão galinha”. Esta seria aquela dimensão que nos faz ficar em casa, acomodados, de nos contentarmos com o que já sabemos. Por outro lado, afirmo que todos devemos dar vazão à nossa dimensão águia, a que “quer sempre aprender mais, saber mais, alcançar objetivos mais altos e novos horizontes”. **

Ah, agora entendeu??? Ou quer que eu desenhe???

* MARILENA CHAUI
** LEONARDO BOFF

2 comentários:

Anônimo disse...

Caramba Oni, você acha que ela vai entender o que é juízo de valores, juízo ético de valores, juízo de fato e de valores, juízo de fato.Isso vai dar um nó na cabeça dela,que ela vai entrar em parafuso.A dimensão dela é a da galinha, no bom sentido, quem lê Nivaldo Cordeiro, Ipojuca Pontes,e fica feliz com os discursos do Jefferson e do Bonhauesen não vai nunca entender o seu texto. Parabéns pelo texto, está ótimo, alias como sempre.

Anônimo disse...

Eu não entendi uma coisa: EM QUE PAÍS DO MUNDO SER CORRUPTO É SER CORRETO?

Nem no Brasil...

MV

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