Lula prepara-se para enviar ao Congresso, no mês que vem, um projeto de lei endurecendo as regras para a realização de escutas telefônicas.
Nos bastidores, seu partido recupera o conteúdo do grampo do BNDES, como ficou conhecida a interceptação clandestina de telefonemas trocados pelas autoridades que geriram o processo de venda das telefônicas. As fitas expõem a frenética movimentação do governo FHC nas 72 horas que antecederam o leilão das teles, ocorrido em julho de 1998. Nas fitas, a voz de Ricardo Sérgio de Oliveira, então diretor do Banco do Brasil, pontifica pronunciando a célebre frase a respeito de negócios costurados “no limite da irresponsabilidade.”
Há também o diálogo em que André Lara Resende, à época presidente do BNDES, pergunta a FHC se poderia usar o seu nome para vencer eventuais resistências. E FHC: “Não tenha dúvida, não tenha dúvida.” “Até hoje”, disse um petista ao blog, “não se sabe quem passou a perna em quem. Tem-se apenas a intuição de que, se alguém ganhou alguma coisa, não foi o Tesouro Nacional.”
Curiosamente, o mesmo PT que promove a minuciosa necropsia do programa de desestatização, posicionou-se contrário à instalação da CPI das Privatizações. Depois que o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), pôs a nova CPI para andar, na semana passada, lideranças petistas –o ministro Jaques Wagner (Coordenação Política) e o deputado Alindo Chinaglia (PT-SP), por exemplo- apressaram-se em esclarecer que o governo não tem, por ora, interesse no funcionamento da comissão.
Curiosamente, o mesmo PT que promove a minuciosa necropsia do programa de desestatização, posicionou-se contrário à instalação da CPI das Privatizações. Depois que o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), pôs a nova CPI para andar, na semana passada, lideranças petistas –o ministro Jaques Wagner (Coordenação Política) e o deputado Alindo Chinaglia (PT-SP), por exemplo- apressaram-se em esclarecer que o governo não tem, por ora, interesse no funcionamento da comissão.
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