Um ex-dirigente da Toshiba deverá confirmar, na próxima semana, a existência de caixa dois, compras viciadas e propinas para políticos e funcionários de Furnas. O denunciante alega que a multinacional japonesa combinava preços com um clube, formado "por grandes empresas que dominam as licitações e o fornecimento de bens e serviços para o setor elétrico brasileiro".
O acordo começou em 2000 e era feito nas concorrências de obras para resolver o problema do apagão. Entre as concorrências viciadas, estavam as da instalação de usinas termelétricas, especialmente aquelas pagas por meio da reserva técnica, nas quais não havia licitação. O ex-dirigente contou que a diretoria da Toshiba sabia do pagamento de propinas e que um lobista chegou a cobrar R$ 5 milhões para a empresa vencer um concorrência.
O depoimento do ex-dirigente da Toshiba deve trazer de volta à Brasília a discussão sobre a chamada "Lista de Furnas", a relação de 156 políticos supostamente beneficiados pelo caixa dois de R$ 40 milhões da estatal, denunciada pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). O ex-executivo revelou ainda que havia uma pessoa responsável por pagar as propinas da Toshiba aos servidores de Furnas, "mediante descontos de cheques na boca do caixa, amparados por notas fiscais frias".
De acordo com o denunciante, essa pessoa mantinha contatos com o ex-presidente de Furnas, Dimas Toledo. Em depoimento à CPI, Dimas Toledo disse que a lista não passava de "farsa absurda", negou a existência de caixa dois e afirmou que o ex-deputado Roberto Jefferson mentiu. Jefferson afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que recebeu R$ 75 mil do caixa dois de Furnas, na eleição de 2002.
O ex-executivo da empresa procurou o presidente do Contas Abertas, Augusto Carvalho, que discute com o relator Osmar Serraglio (PMDB-PR) a realização de depoimento na próxima semana para a CPI dos Correios. O Contas Abertas entrou em contato com a Toshiba do Brasil, no final da tarde, mas foi informado pelo departamento de Marketing que, devido ao fato do expediente se encerrar às 17h, não havia quem pudesse falar em nome da empresa.
Marcone Gonçalves
Editor do Contas Abertas
O acordo começou em 2000 e era feito nas concorrências de obras para resolver o problema do apagão. Entre as concorrências viciadas, estavam as da instalação de usinas termelétricas, especialmente aquelas pagas por meio da reserva técnica, nas quais não havia licitação. O ex-dirigente contou que a diretoria da Toshiba sabia do pagamento de propinas e que um lobista chegou a cobrar R$ 5 milhões para a empresa vencer um concorrência.
O depoimento do ex-dirigente da Toshiba deve trazer de volta à Brasília a discussão sobre a chamada "Lista de Furnas", a relação de 156 políticos supostamente beneficiados pelo caixa dois de R$ 40 milhões da estatal, denunciada pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). O ex-executivo revelou ainda que havia uma pessoa responsável por pagar as propinas da Toshiba aos servidores de Furnas, "mediante descontos de cheques na boca do caixa, amparados por notas fiscais frias".
De acordo com o denunciante, essa pessoa mantinha contatos com o ex-presidente de Furnas, Dimas Toledo. Em depoimento à CPI, Dimas Toledo disse que a lista não passava de "farsa absurda", negou a existência de caixa dois e afirmou que o ex-deputado Roberto Jefferson mentiu. Jefferson afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que recebeu R$ 75 mil do caixa dois de Furnas, na eleição de 2002.
O ex-executivo da empresa procurou o presidente do Contas Abertas, Augusto Carvalho, que discute com o relator Osmar Serraglio (PMDB-PR) a realização de depoimento na próxima semana para a CPI dos Correios. O Contas Abertas entrou em contato com a Toshiba do Brasil, no final da tarde, mas foi informado pelo departamento de Marketing que, devido ao fato do expediente se encerrar às 17h, não havia quem pudesse falar em nome da empresa.
Marcone Gonçalves
Editor do Contas Abertas
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