ELIAKIM ARAÚJO
Há um visível clima de golpe no ar. De maneira aparentemente orquestrada, a Folha de SP da terça-feira, colocou todos os seus colunistas e colaboradores a serviço da derrubada do governo Lula.
Dentre todos, destaque para Boris Casoy. Com seu velho e surrado chavão "é uma vergonha", voltou à casa paterna, aquela que sempre lhe deu guarida, e destilou todo seu ódio contra o presidente e o Partido dos Trabalhadores, dos quais sempre foi adversário ferrenho, mesmo antes da posse do atual governo petista. As expressões usadas por Boris são eivadas de passionalismo, como se colocasse pra fora todo veneno acumulado nesses meses em que ficou fora da mídia.
O que se nota nele e em boa parte da mídia é a preocupação em jogar no presidente a culpa de todas as mazelas cometidas por seus auxiliares. Não se trata aqui de acobertar qualquer tipo de desonestidade praticada por membros do seu governo. Se ficar provado que Palocci frequentava a casa do lobby de Ribeirão Preto, ele já é passível de punição por ter mentido perante a CPI. Se participou de negócios e/ou negociatas, mais grave ainda. Que a mão pesada da lei caia sobre ele. Que vá para a cadeia purgar pelo crime que cometeu.
Mas essa parte da mídia, aparentemente comprometida com setores que querem ver o país entrar num perigoso processo de desgaste, não está preocupada com a tranqulidade das instituiçoes e pedem abertamente o impeachment de Lula, o presidente legitimamente eleito por mais de 53 milhões de eleitores.
Não é hora de colocar mais lenha na fogueira. Ao contrário, a hora é de apagar o incêndio e deixar que o Congresso cumpra seu dever de apurar todas as denúncias e punir exemplarmente os que abusaram da confiança dos cidadãos. Sem essa de pressionar os parlamentares taxando-os como “cúmplices”, se não iniciarem imediatamente o processo de impeachment contra o presidente. Isso é golpismo que só interessa à turma do quanto pior melhor e, evidentemente, à oposição que até agora não conseguiu reunir forças para impedir a reeleição de Lula.
É preciso cuidar para não colocar o país numa crise institucional que um processo de impeachment fatalmente acarretaria. O que deve prevalecer, numa hora delicada como a atual, é o bom senso. Decisões tomadas em clima de paixão e pressão nem sempre são as mais acertadas. O país precisa de calma e tranquilidade e respeito às instituições para poder trabalhar em paz.
Civilizadamente, com ordem e progresso
Há um visível clima de golpe no ar. De maneira aparentemente orquestrada, a Folha de SP da terça-feira, colocou todos os seus colunistas e colaboradores a serviço da derrubada do governo Lula.
Dentre todos, destaque para Boris Casoy. Com seu velho e surrado chavão "é uma vergonha", voltou à casa paterna, aquela que sempre lhe deu guarida, e destilou todo seu ódio contra o presidente e o Partido dos Trabalhadores, dos quais sempre foi adversário ferrenho, mesmo antes da posse do atual governo petista. As expressões usadas por Boris são eivadas de passionalismo, como se colocasse pra fora todo veneno acumulado nesses meses em que ficou fora da mídia.
O que se nota nele e em boa parte da mídia é a preocupação em jogar no presidente a culpa de todas as mazelas cometidas por seus auxiliares. Não se trata aqui de acobertar qualquer tipo de desonestidade praticada por membros do seu governo. Se ficar provado que Palocci frequentava a casa do lobby de Ribeirão Preto, ele já é passível de punição por ter mentido perante a CPI. Se participou de negócios e/ou negociatas, mais grave ainda. Que a mão pesada da lei caia sobre ele. Que vá para a cadeia purgar pelo crime que cometeu.
Mas essa parte da mídia, aparentemente comprometida com setores que querem ver o país entrar num perigoso processo de desgaste, não está preocupada com a tranqulidade das instituiçoes e pedem abertamente o impeachment de Lula, o presidente legitimamente eleito por mais de 53 milhões de eleitores.
Não é hora de colocar mais lenha na fogueira. Ao contrário, a hora é de apagar o incêndio e deixar que o Congresso cumpra seu dever de apurar todas as denúncias e punir exemplarmente os que abusaram da confiança dos cidadãos. Sem essa de pressionar os parlamentares taxando-os como “cúmplices”, se não iniciarem imediatamente o processo de impeachment contra o presidente. Isso é golpismo que só interessa à turma do quanto pior melhor e, evidentemente, à oposição que até agora não conseguiu reunir forças para impedir a reeleição de Lula.
É preciso cuidar para não colocar o país numa crise institucional que um processo de impeachment fatalmente acarretaria. O que deve prevalecer, numa hora delicada como a atual, é o bom senso. Decisões tomadas em clima de paixão e pressão nem sempre são as mais acertadas. O país precisa de calma e tranquilidade e respeito às instituições para poder trabalhar em paz.
Civilizadamente, com ordem e progresso
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