Ao investigar operações do fundo de pensão do Banco do Brasil, CPI encontra prejuízo de R$ 1,5 bilhão na gestão de FHC.
"Colocadas no centro das investigações da CPI dos Correios pela oposição para, entre outros motivos, arranhar a imagem do governo Lula, as operações da Previ - fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil -acabaram atingindo em cheio a gestão do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso.
A sub-relatoria de Fundos de Pensão, que no mês passado divulgou relatório assinalando aplicações de R$ 60 milhões da Previ nos bancos BMG e Rural neste governo, acaba de receber documentos demonstrando que três dos maiores investimentos da fundação acumulam prejuízo acima de R$ 1,5 bilhão na era FH, segundo documentos da própria Previ, que chegaram às mãos de alguns parlamentares.
Entre os maiores prejuízos estão os investimentos no Complexo Turístico do Sauípe, na Bahia, onde a Previ investiu R$ 1,018 bilhão - via carteira de investimento do complexo hoteleiro - e hoje amarga um prejuízo de R$ 846 milhões. O protocolo de entendimento para a construção do Complexo Turístico do Sauípe foi assinado pela Previ em 5 de dezembro de 1997, com a Fontecindam Participações e a construtora Norberto Odebrecht.
Uma das assinaturas de testemunhas do protocolo é atribuída ao senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), avô do sub-relator de Fundos de Pensão, Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA). A assessoria do senador informou que ontem ele estava a bordo de um avião dos Estados Unidos para o Brasil e que posteriormente vai se pronunciar sobre o protocolo de Sauípe.
Outro rombo nas contas da Previ foi o investimento no Hospital Umberto Primo, em São Paulo. Com investimentos de R$ 240 milhões na carteira de terrenos e imóveis em construção, a Previ acumula um prejuízo de R$ 206 milhões com o hospital."
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