"O fato reforça a versão de que a comissão quase não avançou além das pistas dadas pelos próprios envolvidos no esquema. O nome do catarinense só apareceu porque o próprio Valério apresentou à Polícia Federal uma lista citando as pessoas a quem deu dinheiro. E dela constava José Nunes. A CPI nem se deu ao trabalho de checar, na internet, os nomes das pessoas que seguer pretende punir. Jornais catarinenses informaram, na época da divulgação da lista, que Nunes havia morrido".
CPI quer indiciar um morto
CPI quer indiciar um morto
Pra você ter uma idéia da responsabilidade e da eficiência dessa CPI!!!
Relatório de Osmar Serraglio pede incriminação de José Adelar Nunes, ex-tesoureiro do PT em Santa Catarina, falecido em 2004.
Relatório de Osmar Serraglio pede incriminação de José Adelar Nunes, ex-tesoureiro do PT em Santa Catarina, falecido em 2004.
Governo e oposição vão travar batalhaBrasília - O relatório do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), previsto para ir a votação desta terça-feira na CPI dos Correios, contém pelo menos um erro jurídico grave.
No capítulo reservado aos indiciamentos, Serraglio pede a punição de um catarinense que está morto. José Adelar Nunes, ex-tesoureiro do PT em Santa Catarina, faleceu em 12 de junho de 2004, aos 31 anos, vítima de aneurisma e cardiopatia hipertrófica. Nunes aparece na lista dos sacadores das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado de operar o mensalão. De acordo com Valério, ele teria recebido R$ 50 mil, em abril de 2004. A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) garante ter alertado o relator sobre a morte do petista. Mesmo assim, ele incluiu Nunes nas sugestões de indiciamento.
No documento da CPI, o relator levanta a possibilidade de Nunes e outros 24 ex-tesoureiros e ex-assessores de partidos da base aliada serem punidos por crime eleitoral, sonegação fiscal ou até corrupção passiva. A falha de Serraglio é grave, pois evidencia que a CPI dos Correios investigou, de fato, muito pouco. Do contrário, facilmente o relator descobriria que o tesoureiro faleceu meses depois de ter, supostamente, recebido o dinheiro de Valério.
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