Silvio pede desfiliação. Por causa de carro
22 de Julho de 2005
Silvinho havia dito que comprara o carro através de financiamento, com dinheiro próprio. Na noite desta quinta, no entanto, o executivo que deu o carro ao ex-secretário confessou que presenteou o petista com o automóvel Land Rover, avaliado em 74.000 reais. A versão do executivo cita amizade com Pereira como motivo para o presente, contrariando a versão inicial do petista.
Em carta ao PT, o ex-secretário enfim assume o recebimento do carro, admitindo ter mentido. Diz, porém, que não fez nada de errado. "Nada ofereci ou me foi pedido em troca. Minha consciência está tranqüila. Tenho clareza, no entanto, que falhei com minhas obrigações partidárias ao aceitar esta situação", escreveu ele na mensagem enviada ao novo secretário, Tarso Genro.
LAND ROVER DEFENDER
206000 Km
1998
R$ 45,000.00
2483
1d 21h
Land Rover 110 Sw
(91) 88145944
LAND ROVER DEFENDER
144823 Km
1997
R$ 48,800.00
1578
4d 7h
Defender 110 Sw Em Excelente Estado
(0xx35) 36212423 / 91347110
LAND ROVER OUTROS MODELOS
245000 Km
1996
R$ 52,800.00
821
5d 2h
Land Rover Discovery Tdi (diesel) 96
(21) 86143916
LAND ROVER DEFENDER
90000 Km
1999
R$ 58,000.00
664
14d 7h
Land Rover Defender 110 1999 - Curitiba Troco
(41) 9927.2021
LAND ROVER DEFENDER
120000 Km
2000
R$ 65,000.00
406
Vestidos de Lu Alckmin viram motivo de CPI em São Paulo
Por Redação - de São Paulo
A Assembléia Legislativa de São Paulo vai investigar as doações de roupas que foram feitas pelo estilista Rogério Figueiredo para a primeira-dama do Estado, Lu Alckmin. O estilista revelou ter doado 400 peças de alta-costura para a primeira-dama, como noticiou a edição on-line do diário paulista Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira.
Em carta enviada nesta quarta-feira ao jornal paulista, publicada na edição desta quinta-feira, a assessora de Lu Alckmin, Cristina Macedo, afirmou que "a senhora Lu Alckmin não recebeu 400 peças" de Rogério Figueiredo e que "as poucas peças" entregues foram doadas para "a entidade social Fraternidade Irmã Clara".
A outro diário paulistano, O Estado de S. Paulo, Lu Alckmin afirmou que recebeu 40 peças do estilista e que todas foram doadas à Fraternidade Irmã Clara "em três lotes, em anos consecutivos". A entidade, segundo a Folha, não confirmou tais doações, e o estilista reafirmou ao jornal que doou 400 peças, ou cerca de 200 modelos completos, a ela.
- Quarenta roupas ou 400 não muda absolutamente nada. Então quer dizer que ela ganhou R$ 200 mil em presentes e não R$ 2 milhões? É improbidade administrativa do mesmo jeito - disse o deputado Romeu Tuma Jr. (PMDB-SP), autor do requerimento que pede explicações ao governador Geraldo Alckmin pelos "confortos proporcionados de graça à sua esposa".
Os vestidos de Figueiredo custam de R$ 3.000 a R$ 5.000, segundo levantamento do jornal.
- Foram dez vestidos de festa. Que eu saiba, foi a primeira doação de vestidos - afirma Elizabeth, entregues todos no mesmo dia.
As doações feitas pelo estilista a Lu repercutiram de forma negativa entre os aliados de Alckmin. No Rio, Cesar Maia (PFL) teria afirmado, segundo a Folha:
- Imagine o tamanho de um armário para guardar tudo isso!
Para Maia, que já defendeu o impeachment de Luiz Inácio Lula da Silva porque a primeira-dama, Marisa Letícia, recebeu 27 tailleurs de graça de um estilista, "é claro que a senhora Lu Alckmin deve prestar todas as informações, pois não foi na condição de pessoa física que recebeu tantos regalos".
- Eu tenho a prova de que foram feitas mais de 400 peças de roupa. Foram quatro anos [de 2001 a 2005], ela não tinha nem o que vestir. Só de tricôs e casaquinhos foram mais de cem. Vestidinhos básicos, milhares. Ela nunca pagou nada - disse Figueiredo ao jornal.
Sua sócia, Kátia Grubisich, mulher de José Grubisich, presidente da Braskem, confirma que o estilista fala a verdade.
- Está chato para ela, não é? Eu sinto muito. O assunto tomou um rumo diferente, virou político - disse. Kátia é sócia de Figueiredo desde maio de 2005.
O termo alta-costura é juridicamente protegido.
Só pode dizer que a faz quem atende aos critérios estabelecidos pela Câmara Sindical da Alta-Costura, criada no século XIX. Em 1858, o inglês Charles Frederick Worth abriu um ateliê na Rue de la Paix, em Paris, e convidou clientes como a imperatriz Eugenia, mulher de Napoleão III, para ver seus vestidos em modelos de carne e osso, uma novidade. Com isso, inventou tanto os desfiles de moda como a alta-costura. Anos depois, Worth e seu filho criaram a Câmara Sindical e os requisitos para quem quisesse integrá-la.
Hoje, as maisons devem ter uma cota básica de funcionários fixos que se dedicam apenas à alta-costura e apresentar duas coleções por ano com no mínimo 25 modelos cada uma. Cada peça é inteiramente feita a mão, a única maneira de garantir que o avesso será tão bonito e bem-acabado quanto o direito, um dogma do ofício. É também exclusiva, ou praticamente. Um mesmo vestido terá no máximo duas clientes, sempre de continentes diferentes
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