Em pronunciamento na tarde desta terça-feira (31), na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, a bancada do PMDB anunciou, pela palavra de seus líderes, sua disposição de construir uma alternativa de governo para o estado de Minas Gerais.
Além do apoio a Lula, todos se comprometeram a estabelecer uma parceria estratégica com o PT. O descontentamento dos líderes do PMDB com o governador Aécio Neves já vem de longa data.O partido reclama que Aécio os tratava como agregados ao seu projeto pessoal e não como parceiros políticos.
Além da política de cooptação de prefeitos e lideranças municipais, Aécio desconsiderou o PMDB para a candidatura a vice-governador e atropelou as lideranças parlamentares, tentando impor a candidatura de Itamar Franco ao senado.Durante a assembléia, o deputado Padre João (PT) disse que o governador de Minas tentou forçar um apoio, em todo o estado, de vários partidos. Prefeitos e deputados que não aderissem a esse apoio ao governador tucano, poderiam sofrer perseguições nos mandatos.
O deputado estadual Ricardo Duarte, líder do bloco PT/PCdoB, saudou a iniciativa dos peemedebistas, dizendo que "Minas pode e deve ter um papel de grande liderança no Brasil". O deputado considera o pronunciamento um fato histórico na Assembléia Legislativa. Segundo ele, "mais do que um mero acordo eleitoral, podemos ter um projeto de desenvolvimento e distribuição de renda no estado, em consonância com as políticas do governo Lula. "Para além das jogadas de marketing, conclui o deputado.
Rogério Correia, vice-presidente da ALEMG, declarou que este gesto consolida a verdade: "o falso consenso em torno de Aécio Neves está desmascarado". O deputado foi censurado pelo comando do PSDB em Minas, por criticar o salário dos professores da rede estadual na atual gestão.O jornal Estado de Minas, em matéria publicada no dia 17 de abril desse ano, diz: "Ao contrário do PT e do PMDB, o PSDB tem seus rumos definidos. As alianças feitas em 2002 serão reprisadas.
O PFL e o PP vão fazer coligação com o PSDB para eleição majoritária e proporcional". O PT e PMDB já vinham de outras conversações e para aumentar as forças, definiram que a união dos dois partidos vai impulsionar a construção de uma alternativa para Minas.Essas construções já começaram a ser erguidas com a Consulta Democrática Popular, em que o PT, PCdoB e partidos aliados, foram às ruas para definir o posicionamento dos aliados na eleição de outubro. Matéria publicada no jornal Estado de Minas sobre o rumo definido do PSDB demonstra que o partido tucano decide através de um grupo restrito o destino do partido.
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