Ame-o ou deixe-o
O único avanço possível tem nome e sobrenome: Luís Inácio Lula da Silva
Luis Inácio Lula da Silva
DEBATE ABERTO
Lula de novo
Nunca é demais lembrar que, em política, é legítimo avaliar um acusado pela trajetória dos acusadores. Vale, então, reparar quem são muitos daqueles que abriram fogo contra Lula. São os mesmos que não hesitaram em apoiar o Golpe de 64, que sabotaram as Diretas Já, que apoiaram Collor e defenderam o programa neoliberal de FHC até o fim.
Gilson Caroni Filho
Lendo Horácio
Mesmo o dilúvio
Não durou eternamente.
Veio o momento em que
As águas negras baixaram.
Sim, mas quão poucos
Sobreviveram. (Bertold Brecht)
Aos mais novos é necessário revelar quem são os autores dos roteiros repisados da política brasileira. A construção simbólico-política da persona do presidente Lula não oferece elementos novos. Sequer a estrutura discursiva é alterada. Tal como em antigas tragédias não faltam catarses, mas as narrativas guardam tão pouca preocupação com a verossimilhança que talvez seja mais apropriado falarmos em farsa. Um gênero tão recorrente em nossa história que com ela se confunde.
Nunca é demais lembrar aos jovens que, em política, é legítimo avaliar um acusado pela trajetória dos acusadores. Abre-se espaço para o exercício do contraditório, bem como se amplia o campo de visão. A historiografia só é possível se comporta tensionamentos. E são eles, em sua centralidade, os alvos móveis que os aparelhos ideológicos buscam ocultar nos relatos de conflitos. O ódio de classe aparece travestido de indignação cívica.
Uma leitura ligeira dos principais veículos da grande imprensa dá conta do seguinte quadro: Lula e seu partido, transformaram-se, após as eleições realizadas em 2002, respectivamente, numa liderança conservadora e em um partido sem projeto de nação. Reiteradamente se afirma que a não-ruptura com a política econômica do governo anterior demonstra que o país foi vítima de um estelionato eleitoral. Tanto mais grave se a ele somarmos supostos esquemas de corrupção, com destaque para o "mensalão'. É assim, com simplificações grosseiras e distorções calculadas, que os bolsões antipetistas tentam conformar o senso crítico do eleitor mediano. Apostam em duas variáveis: desencanto e desinformação. Misturando moral privada e pública, embaralham as cartas que dão sentido à política desde a modernidade. Mas, afinal, o que move os "soldados cívicos" encastelados em redações e blogs ? O que torna o presidente da República um ator político imperdoável? A tal ponto que a oposição não hesita em chamá-lo de bêbado e analfabeto. O que classificam como debate qualificado não passa de baixaria, ofensa pessoal. Mas o que leva o fígado a ditar os termos do discurso? A moralidade pública? A traição programática e o aliancismo decorrente? Afinal, o que empolga os Corifeus?
Mais aqui...
O único avanço possível tem nome e sobrenome: Luís Inácio Lula da Silva
Luis Inácio Lula da Silva
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Lula de novo
Nunca é demais lembrar que, em política, é legítimo avaliar um acusado pela trajetória dos acusadores. Vale, então, reparar quem são muitos daqueles que abriram fogo contra Lula. São os mesmos que não hesitaram em apoiar o Golpe de 64, que sabotaram as Diretas Já, que apoiaram Collor e defenderam o programa neoliberal de FHC até o fim.
Gilson Caroni Filho
Lendo Horácio
Mesmo o dilúvio
Não durou eternamente.
Veio o momento em que
As águas negras baixaram.
Sim, mas quão poucos
Sobreviveram. (Bertold Brecht)
Aos mais novos é necessário revelar quem são os autores dos roteiros repisados da política brasileira. A construção simbólico-política da persona do presidente Lula não oferece elementos novos. Sequer a estrutura discursiva é alterada. Tal como em antigas tragédias não faltam catarses, mas as narrativas guardam tão pouca preocupação com a verossimilhança que talvez seja mais apropriado falarmos em farsa. Um gênero tão recorrente em nossa história que com ela se confunde.
Nunca é demais lembrar aos jovens que, em política, é legítimo avaliar um acusado pela trajetória dos acusadores. Abre-se espaço para o exercício do contraditório, bem como se amplia o campo de visão. A historiografia só é possível se comporta tensionamentos. E são eles, em sua centralidade, os alvos móveis que os aparelhos ideológicos buscam ocultar nos relatos de conflitos. O ódio de classe aparece travestido de indignação cívica.
Uma leitura ligeira dos principais veículos da grande imprensa dá conta do seguinte quadro: Lula e seu partido, transformaram-se, após as eleições realizadas em 2002, respectivamente, numa liderança conservadora e em um partido sem projeto de nação. Reiteradamente se afirma que a não-ruptura com a política econômica do governo anterior demonstra que o país foi vítima de um estelionato eleitoral. Tanto mais grave se a ele somarmos supostos esquemas de corrupção, com destaque para o "mensalão'. É assim, com simplificações grosseiras e distorções calculadas, que os bolsões antipetistas tentam conformar o senso crítico do eleitor mediano. Apostam em duas variáveis: desencanto e desinformação. Misturando moral privada e pública, embaralham as cartas que dão sentido à política desde a modernidade. Mas, afinal, o que move os "soldados cívicos" encastelados em redações e blogs ? O que torna o presidente da República um ator político imperdoável? A tal ponto que a oposição não hesita em chamá-lo de bêbado e analfabeto. O que classificam como debate qualificado não passa de baixaria, ofensa pessoal. Mas o que leva o fígado a ditar os termos do discurso? A moralidade pública? A traição programática e o aliancismo decorrente? Afinal, o que empolga os Corifeus?
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