quinta-feira, 27 de julho de 2006

ESQUEMA TERIA COMEÇADO HÁ 7 ANOS!!!



Do Correio Braziliense

Abre o olho, cidadão!

Esquema sanguessuga surgiu no Congresso


SANGUESSUGAS
O esquema surgiu no Congresso

De acordo com o procurador Mário Lúcio Avelar, a máfia das ambulâncias nasceu dentro do Legislativo. Entre os objetivos, estava o de arrecadar recursos para campanhas eleitorais dos próprios parlamentares

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Marcelo Rocha
Da equipe do Correio



Os parlamentares suspeitos de fraudar a compra de ambulâncias a partir de emendas ao Orçamento da União ocupavam o topo da organização criminosa desbaratada pela Operação Sanguessuga. A apuração da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, detalhada à comissão parlamentar de inquérito que apura o escândalo, revelou que o esquema de corrupção nasceu e se consolidou dentro do Congresso Nacional a partir do que os investigadores chamaram de “eixo político”, com o objetivo de levantar recursos para o financiamento de gastos eleitorais.

Durante audiência da comissão, a portas fechadas, realizada na última terça-feira, o procurador da República no Mato Grosso Mário Lúcio Avelar descreveu a deputados e senadores as etapas das irregularidades atribuídas aos sanguessugas — do início das negociações ao acerto de contas da propina — e apresentou um organograma completo sobre a estruturava da quadrilha. Ele não deixou dúvidas a respeito do papel exercido por parlamentares: o comando do negócio que movimentou cerca de R$ 110 milhões desde 2001.

Mesmo sem ter ainda uma noção clara das provas existentes contra seus pares, alguns integrantes da CPI deixaram a sala perplexos com as informações do MP. O tal “eixo político” não foi mero coadjuvante, que teria sido cooptado por um grupo de empresários tidos como inescrupulosos, como se suspeitava até aqui. Mas deu origem e chefiou o esquema, identificando donos de empresas que dele pudessem participar. “Era necessário um comando político que desse peso e consistência aos atos da organização”, descreveu a Procuradoria Geral da República no Mato Grosso num dos relatórios das investigações, ao qual o Correio teve acesso.

Mensalão
O pedido de ação penal encaminhado à Justiça pelo MP contra as pessoas que não detêm foro privilegiado (ou seja, parlamentares e prefeitos estão fora) reforçou essa tese ao inserir os nomes de 10 ex-deputados e de um ex-senador no grupo chamado “comando”. Entre os citados estão Bispo Rodrigues (sem partido-RJ), que renunciou ao mandato depois de seu envolvimento no escândalo do mensalão, e Ronivon Santiago (PP-AC). Os dois foram presos em maio, durante a Operação Sanguessuga. Por decisão da Justiça Federal, foram soltos e responderão a processo em liberdade.

Ao listar ex-parlamentares no topo da estrutura da máfia dos sanguessugas, a denúncia da Procuradoria da República leva à conclusão de que aqueles que ainda exercem mandato partilhavam o mesmo posto. Por questões formais, não houve qualquer menção a isso na acusação do MP, porque as investigações contra atuais deputados e senadores somente podem ser conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pela Procuradoria Geral da República (PGR), por causa do foro privilegiado dos congressistas.

Assim que deixaram a audiência, integrantes da CPI dos Sanguessugas comentaram que, entre parlamentares, existem aqueles que se destacam mais que outros. No grupo estariam Nilton Capixaba (PTB-RO) e Pedro Henry (PP-MT). Segundo um deputado ouvido pela reportagem, os dois apareceram como beneficiários das maiores quantias de dinheiro na contabilidade da Planam, a empresa da família Trevisan-Vedoin. Enquanto os repasses para outros não passam dos R$ 5 mil, no caso deles chegam a R$ 50 mil. Capixaba, contra quem existe um pedido de afastamento da Mesa Diretora da Câmara — ele é segundo-secretário —, e Henry negam envolvimento


Também estão na lista os deputados Jeferson Campos (PTB-SP), Enivaldo Ribeiro (PTB-PB), Elaine Costa (PTB-RJ), Eduardo Seabra (PTB-AP), Pedro Henry (PP-MT), Eduardo Gomes (PSDB-TO), Lino Rossi (PP-MT), José Divino (PRB-RJ) e Benedito (na Câmara tem dois deputados chamado de Benedito).

2 comentários:

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