quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Esperança

Engana-se quem supõe ter o presidente Lula abandonado a proposta da convocação, ano que vem, de uma Assembléia Nacional Constituinte exclusiva. No máximo, ele recolheu os flaps, parou de taxiar, mas continua com os motores ligados. Voltará à cabeceira da pista depois das eleições, em especial caso se reeleja no primeiro turno.

Nessa hipótese, sentir-se-á forte o bastante para propor oficialmente, ainda ao atual Congresso, em novembro e dezembro, eleições para a singular Constituinte exclusiva.

Será uma demonstração de força por parte de quem poderá sair reforçado das urnas. Uma espécie de alerta ao futuro Congresso para não criar muitos problemas e obstáculos à governabilidade, no segundo mandato.

O raciocínio ouvido nos círculos oficiais é de que, eleito no primeiro turno, o presidente Lula disporá de inequívoca força popular, capaz de dobrar resistências político-partidárias às reformas que julga possíveis de elaboração logo no início de seu novo período de governo.

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