sexta-feira, 4 de agosto de 2006

FALANDO SÉRIO!!!

O presidente ampliou o seu cacife inicial. Hoje, em todas as pesquisas, aparece acima dos 40% do total. É lícito supor que tenha perdido parte daqueles 33% de eleitores cativos em função de sua política econômica conservadora. Os mais radicais deixaram o PT e hoje votam em Heloísa Helena (PSOL), que já chega a 10% nas pesquisas.

Restariam a Lula, portanto, 23% de eleitores convictos. Faltam quase 20% para a conta fechar. São os convertidos ao lulismo, em geral gente das classes mais pobres, que antes desconfiava de Lula pelo seu passado operário, "sem diploma e sem experiência", argumentos que não serão mais utilizados, uma vez que ele não é mais operário e tem um diploma importante: o de presidente da República.

Sendo assim, existe um terço de eleitores que votará contra Lula, qualquer que seja a opção colocada na urna eletrônica para derrotá-lo. Hoje, são esses, os eleitores de Alckmin, que tem justamente 32% nas últimas enquetes.

A conta agora está assim:

40% de Lula,
32% de Alckmin e
10% de Heloísa.
São 82% dos eleitores.

Os 18% restantes vão se dividir entre nulos, brancos e os candidatos nanicos.

A taxa histórica de brancos e nulos beira 20%. Portanto, para haver segundo turno, Alckmin tem que torcer para uma das três hipóteses a seguir:

1- que Heloísa e Cristóvam Buarque superem 10% sem roubar um único voto da aliança PSDB-PFL, mas apenas de Lula;

2- que os nanicos tenham um desempenho espetacular;

ou

3- que a taxa de brancos e nulos caia consideravelmente.

Fora daí, Alckmin teria que tirar votos na seara de Lula, especialmente nas classes D e E, porque nas demais faixas, o jogo está jogado e dificilmente haverá mudanças, salvo alguma bomba de efeitos ainda não conhecidos durante a campanha.

É possível? Sim, é possível, mas é uma tarefa tão difícil, quanto tirar leite de pedra.


Luiz Antonio Magalhães

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