Questionado sobre a declaração de Geraldo Alckmin de que o presidente da Bolívia Evo Morales faz o que quer com o governo brasileiro, Lula respondeu: “Fico com pena que um homem que é candidato a presidente da República diga uma sandice destas. Logo eles que se curvaram durante tantos anos às grandes potências mundiais queriam que, no caso da Bolívia, o governo fizesse uma bravata e colocasse o exército na fronteira”, explicou.
“O Brasil melhorou de forma extraordinária”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na abertura da entrevista que concedeu esta noite (27), aos jornalistas Celso Freitas e Adriana Araújo, do Jornal da Record. Durante os 12 minutos da entrevista, transmitida ao vivo do Palácio do Alvorada, Lula falou sobre emprego, renda, diminuição da pobreza e combate a corrupção, demonstrando que o Brasil avançou em todas as áreas durante o seu governo.
“São 19,3% de diminuição da pobreza nesse país, aumento da massa salarial, aumento do emprego e melhoria da qualidade de vida das pessoas”, exemplificou. Lula ainda ressaltou a melhoria na área de educação, os acordos salariais com ganhos reais acima da inflação que beneficiaram os trabalhadores, o aumento do crédito e a redução dos juros. “Eu acho que o Brasil melhorou e pode e melhorar muito mais. É para isso que estamos trabalhando”, garantiu.
Lula afirmou também que, ao contrário do que acontecia em outros governos, a corrupção foi duramente combatida. “Antigamente quando se tratava de corrupção, ela aparecia dois, três dias nos jornais, depois desaparecia. O governo fingia que investigava, (mas) não investigava. Nós estamos tirando todo o lixo debaixo do tapete”. Ele ainda reafirmou que vai apurar qualquer de denuncia séria que seja feita, independentemente de quem sejam os envolvidos. “Vamos investigar doa a quem doer, sejam pessoas do governo, de fora do governo, do PT e que não são do PT”, declarou.
Sobre as críticas da oposição com relação à atuação da Polícia Federal no caso do dossiê sobre os sanguessugas, Lula afirmou que as investigações não podem ser feitas de acordo com o tempo eleitoral. “Os mesmos que têm pressa hoje são os que utilizaram a Polícia Federal no Maranhão para desmoralizar a Roseana Sarney”, lembrou. O presidente ainda afirmou que nunca pressionou o Ministério Público nem a Polícia Federal e que quer todos os culpados responsabilizados. “Eu quero encostar minha cabeça no travesseiro todo santo dia e dormir tranqüilo, sabendo que nosso dever está sendo cumprido. No meu governo todas as denúncias serão apuradas”.
Lula ainda lembrou que as investigações em curso foram iniciadas em seu governo, embora as irregularidades tenham começado antes de 2003. “Na essência a Operação Sanguessuga começou no governo passado e fomos nós que pedimos a investigação em 2004. A essência é que o Barjas Negri, hoje prefeito de Piracicaba era secretário executivo do Ministério da Saúde nessa época e está envolvido nisso, mas quando as pessoas falam o nome dele não falam que é do PSDB”. O presidente fez questão de afirmar que perdeu três eleições e nunca usou de artifícios sujos para tentar vencer, e não seria agora que faria isso. “Eu não posso admitir que, em época de campanha, se jogue fumaça onde sequer tem fogo”, declarou.
Questionado sobre a declaração de Geraldo Alckmin de que o presidente da Bolívia Evo Morales faz o que quer com o governo brasileiro, Lula respondeu: “Fico com pena que um homem que é candidato a presidente da República diga uma sandice destas. Logo eles que se curvaram durante tantos anos às grandes potências mundiais queriam que, no caso da Bolívia, o governo fizesse uma bravata e colocasse o exército na fronteira”, explicou. “A nossa arma é o diálogo. E conhecendo a situação da Bolívia, sei que temos que criar uma política de harmonia com os países menores que precisam da ajuda de países mais ricos como Brasil e Argentina”, disse.
O presidente ainda reafirmou a confiança em sua equipe de governo, e garantiu que ela será ainda melhor em um segundo mandato. “Se a equipe não fosse boa nós teríamos o sucesso que estamos tendo? Foiram criados 1,8 milhão de empregos em 2005, aumento do salário da mulher, aumento da renda do trabalhador, aumento da produção industrial, das exportações. Então o dado concreto é que a equipe fez o que tinha que fazer”, finalizou.
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