PSDB procura culpados pela derrota
São Paulo - O candidato derrotado e desempregado, Geraldo Alckmin (PSDB) passou o primeiro dia após a eleição recluso em seu apartamento no bairro do Morumbi, na zona Sul de São Paulo. Muito falante à época da campanha ao Palácio do Planalto, ontem limitou-se a um breve aceno, ainda pela manhã, da sacada de sua residência.
Entre ontem e quinta-feira, o tucano deve deixar a Capital paulista para recarregar as baterias e, principalmente, repensar seu futuro político. O ex-governador paulista chegou a pensar em se refugiar em Pindamonhangaba (SP), sua cidade natal, mas foi aconselhado por amigos e assessores a escolher outro destino.
Enquanto Alckmin passou o dia respondendo e-mails e cartas, acompanhado da mulher Lu, dos filhos e da neta, Isabella, o PSDB iniciou uma espécie de caça às bruxas para tentar entender os erros da campanha que fez Alckmin não só perder a disputa para Lula, mas ter menos votos no segundo turno do que no primeiro. “O erro da campanha foi basicamente de comunicação”, anotou um dos caciques do PSDB criticando, sobretudo, o programa tucano no horário eleitoral gratuito da TV, conduzido pelo marqueteiro Luiz Gonzalez.
Para outro dirigente tucano, Gonzalez não pode ser transformado em “bode expiatório” da derrota. “O Alckmin sempre ouviu o Gonzalez. Tem absoluta confiança nele. O problema não foi o Gonzalez nem o programa na TV. O problema foi o Alckmin, que é teimoso, centralizador e que não ouvia o partido, só o marqueteiro.”
Outro integrante da cúpula do partido avaliou que, apesar da derrota, Alckmin sai da disputa maior do que entrou. Em Brasília, o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati, também fez elogios ao ex-governador paulista e ressaltou que Alckmin saiu fortalecido da campanha.
Presidente do PSDB paulista, o deputado Sidney Beraldo, também destacou o empenho de Alckmin na disputa. Para ele, o ex-governador paulista cumpriu “muito bem” seu papel. “O Geraldo saiu da campanha maior do que entrou e fez um bom papel. Mostrou preparo e representou à altura o PSDB”, afirmou Beraldo. Para ele, cabe ao partido reavaliar “os erros estratégicos” da campanha.
Na opinião de Beraldo um deles foi a demora dos tucanos em responder “à boataria do PT” que, se eleito, Alckmin privatizaria empresas como o Banco do Brasil, a Petrobrás, os Correios e a Caixa Econômica Federal. “Erramos no timing. Além de negar isso, tínhamos de ter defendido as privatizações feitas no governo do Fernando Henrique, já que os resultados foram extremamente positivos”, avaliou.
Além da avaliação dos erros da campanha, os tucanos estão preocupados com a dívida da campanha à Presidência, estimada entre R$ 8 milhões a R$ 10 milhões, segundo fontes do partido. “O Alckmin já superou a derrota. Mas está preocupado com as contas”, admitiram alguns tucanos ontem.
FHC
Em seu primeiro compromisso público após o segundo turno das eleições deste ano, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que continuará “dando trabalho” ao presidente Lula a partir de agora e no próximo mandato. “Da minha parte, garanto a vocês que, enquanto estiver aqui nesta terrinha, vou continuar dando trabalho e o presidente Lula vai voltar a dizer que ex-presidentes bons são os outros, porque não o criticam.”
O tucano ainda afirmou que não dará trégua ao PSDB. Disse que a sigla não pode “enfiar a cabeça dentro da areia” com medo do debate de propostas para o País.
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Discutir a relação
São Paulo - O PFL e o PSDB deveriam discutir a relação a partir de ontem, após os abalos da campanha eleitoral. Líder do partido na Câmara, Rodrigo Maia disse anteontem que a aliança com o PSDB foi danosa para o PFL.
“A aliança foi muito ruim. O PFL não teve por parte do PSDB nenhum gesto de desprendimento”, reclamou Rodrigo, lembrando que o partido puniu a senadora Roseana Sarney por seu apoio a Luiz Inácio Lula da Silva, mas o PSDB não repreendeu os tucanos que apoiaram o PDT no Estado.
Além da Bahia - onde o PSDB apoiou informalmente o governador eleito Jaques Wagner (PT) -, o líder cita como exemplo o Amazonas. Lá, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, se lançou candidato contra o pefelista Amazonino Mendes.
No Rio, os tucanos foram liberados para declarar seu voto. Derrotado no primeiro turno, o secretário-geral do PSDB, Eduardo Paes, manifestou apoio ao PMDB. Às 6h45 de ontem, o presidente do PFL, Jorge Bornhausen, embarcaria para Brasília, onde se dedicará à análise da situação. Hoje, reúne o partido.
São Paulo - O candidato derrotado e desempregado, Geraldo Alckmin (PSDB) passou o primeiro dia após a eleição recluso em seu apartamento no bairro do Morumbi, na zona Sul de São Paulo. Muito falante à época da campanha ao Palácio do Planalto, ontem limitou-se a um breve aceno, ainda pela manhã, da sacada de sua residência.
Entre ontem e quinta-feira, o tucano deve deixar a Capital paulista para recarregar as baterias e, principalmente, repensar seu futuro político. O ex-governador paulista chegou a pensar em se refugiar em Pindamonhangaba (SP), sua cidade natal, mas foi aconselhado por amigos e assessores a escolher outro destino.
Enquanto Alckmin passou o dia respondendo e-mails e cartas, acompanhado da mulher Lu, dos filhos e da neta, Isabella, o PSDB iniciou uma espécie de caça às bruxas para tentar entender os erros da campanha que fez Alckmin não só perder a disputa para Lula, mas ter menos votos no segundo turno do que no primeiro. “O erro da campanha foi basicamente de comunicação”, anotou um dos caciques do PSDB criticando, sobretudo, o programa tucano no horário eleitoral gratuito da TV, conduzido pelo marqueteiro Luiz Gonzalez.
Para outro dirigente tucano, Gonzalez não pode ser transformado em “bode expiatório” da derrota. “O Alckmin sempre ouviu o Gonzalez. Tem absoluta confiança nele. O problema não foi o Gonzalez nem o programa na TV. O problema foi o Alckmin, que é teimoso, centralizador e que não ouvia o partido, só o marqueteiro.”
Outro integrante da cúpula do partido avaliou que, apesar da derrota, Alckmin sai da disputa maior do que entrou. Em Brasília, o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati, também fez elogios ao ex-governador paulista e ressaltou que Alckmin saiu fortalecido da campanha.
Presidente do PSDB paulista, o deputado Sidney Beraldo, também destacou o empenho de Alckmin na disputa. Para ele, o ex-governador paulista cumpriu “muito bem” seu papel. “O Geraldo saiu da campanha maior do que entrou e fez um bom papel. Mostrou preparo e representou à altura o PSDB”, afirmou Beraldo. Para ele, cabe ao partido reavaliar “os erros estratégicos” da campanha.
Na opinião de Beraldo um deles foi a demora dos tucanos em responder “à boataria do PT” que, se eleito, Alckmin privatizaria empresas como o Banco do Brasil, a Petrobrás, os Correios e a Caixa Econômica Federal. “Erramos no timing. Além de negar isso, tínhamos de ter defendido as privatizações feitas no governo do Fernando Henrique, já que os resultados foram extremamente positivos”, avaliou.
Além da avaliação dos erros da campanha, os tucanos estão preocupados com a dívida da campanha à Presidência, estimada entre R$ 8 milhões a R$ 10 milhões, segundo fontes do partido. “O Alckmin já superou a derrota. Mas está preocupado com as contas”, admitiram alguns tucanos ontem.
FHC
Em seu primeiro compromisso público após o segundo turno das eleições deste ano, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que continuará “dando trabalho” ao presidente Lula a partir de agora e no próximo mandato. “Da minha parte, garanto a vocês que, enquanto estiver aqui nesta terrinha, vou continuar dando trabalho e o presidente Lula vai voltar a dizer que ex-presidentes bons são os outros, porque não o criticam.”
O tucano ainda afirmou que não dará trégua ao PSDB. Disse que a sigla não pode “enfiar a cabeça dentro da areia” com medo do debate de propostas para o País.
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Discutir a relação
São Paulo - O PFL e o PSDB deveriam discutir a relação a partir de ontem, após os abalos da campanha eleitoral. Líder do partido na Câmara, Rodrigo Maia disse anteontem que a aliança com o PSDB foi danosa para o PFL.
“A aliança foi muito ruim. O PFL não teve por parte do PSDB nenhum gesto de desprendimento”, reclamou Rodrigo, lembrando que o partido puniu a senadora Roseana Sarney por seu apoio a Luiz Inácio Lula da Silva, mas o PSDB não repreendeu os tucanos que apoiaram o PDT no Estado.
Além da Bahia - onde o PSDB apoiou informalmente o governador eleito Jaques Wagner (PT) -, o líder cita como exemplo o Amazonas. Lá, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, se lançou candidato contra o pefelista Amazonino Mendes.
No Rio, os tucanos foram liberados para declarar seu voto. Derrotado no primeiro turno, o secretário-geral do PSDB, Eduardo Paes, manifestou apoio ao PMDB. Às 6h45 de ontem, o presidente do PFL, Jorge Bornhausen, embarcaria para Brasília, onde se dedicará à análise da situação. Hoje, reúne o partido.
Um comentário:
Por que a tucanalha não põe a culpa na flatulência verbal do macaco Virgílio e nos arrotos fétidos do Corruptasso?
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