Em 11 de setembro de 2001 o mundo assistia à cenas reais nunca vistas antes ( o cinema já ousara). Era o que mais tarde ficou conhecido como “O atentado de 11 de Setembro”.
Naquele dia, atordoados pelas cenas que teimavam em nos esconder a realidade, insistíamos em acordar de um possível pesadelo. Aqueles aviões se chocando contra prédios ensejavam que algo estava fora de controle.
A pergunta que ecoou na mente de alguns: Como um avião daquele tamanho atravessa todo um estado Americano, durante 45 min e atingir duas Torres distantes apenas 11 KM da principal Base Militar Americana, sem ser detectado pelos Controladores de Vôo Americanos? Que nome poderia dar a essa omissão ou falha gravíssima? É aceitável uma torre de controle não detectar um avião nessas circunstâncias ou, na pior das hipóteses, DOIS aviões?
O Americano tem fama de radical, mais não se viu na Mídia AMERICANA, nada parecido com o Termo APAGÃO AÉREO!!!
MISTÉRIO
O cidadão médio questiona seriamente se sim ou se não, os suspeitos seqüestradores dos aviões, supostamente treinados em leves aparelhos Cessna, poderem localizar um alvo exatamente a 200 milhas do ponto de decolagem e sem ser perturbado por um controlador de vôo.
Além disso põe em dúvida sua capacidade para dominar as complexidades das regras dos instrumentos de vôo (instrument flight rules, IFR) nos 45 minutos decorridos desde a decolagem até o ponto de impacto.
Um Coronel Americano, diz que seria impossível para novatos tomarem o controle dos quatro aparelhos e orquestrarem um ato tão terrível exigindo precisão militar do mais alto grau.
O único dos quatro aviões seqüestrados em 11 de setembro a não atingir seu alvo, caiu no meio do nada, e todo mundo ficou discutindo se o governo o teria derrubado.
Mas então, agora que viramos especialistas em transponder, caixa-preta, altitude e rotas aéreas, observar o funcionamento de salas de controle de vôo e criticar atrasos de vôo nos aeroportos ficou mais relevante.
A REDE GLOBO
Precursora das teses e “formadora” de opinião, anda em polvorosa com as notícias sobre os saguões lotados de passageiros, mesmo que a causa tenha sido o mau tempo. Desde os primeiros dias da epopéia vivida por DUMONT, que se tem preocupado com a questão do tempo nas decolagens de aviões. Em 1906 DUMONT acordou 6:00 e só teve o primeiro vôo histórico do mais pesado que o ar, por volta das 16:00. Isso foi devido às condições do tempo.
Hoje cedo, no Bom Dia Brasil, Alexandre Garcia ficou pálido, esbravejou, xingou a mãe de todo mundo e lamentou o chá de cadeira de 2 horas dentro de um Avião por causa... DO MAU TEMPO!
O momento era mais do oportuno para jogar farofa nas Hélices da insensatez.
A reportagem mostrou de tudo, até ênfase nos casos de aeronaves que passam próximas uma das outras em 300 metros (dentro do LIMITE, frisado na reportagem). Se está dentro do limite, qual é o drama?
Isso é mais comum do que se imagina. Nesse tipo de reportagem é muito comum frases chavões,do tipo: Se o repórter estiver fazendo uma reportagem sobre o “frio” em determinado local, logo há a indefectível frase; “ A sensação térmica...”
O Jornalismo da Globo tem muito disso. Na época do acidente da TAM, o Globo repórter deu evidências de “viagem na maionese” do autor do texto, quando em certo momento da reportagem, Sergio Chapelin disse, sobre uma absurda frase atribuída ao piloto do Folker da TAM, na hora da queda: “Estou livrando a escola”. Tentaram justificar a queda do jato a menos de 200 metros de uma escola, como uma atitude intencional do piloto, que teve um ato heróico(?)
Mas no caso do Avião da Gol, não houve nada parecido como “Vamos desviar o avião pra não demolir um prédio público”. O Avião caiu na selva e a Globo, no dia, estava mais preocupada com um tal Dossiê, para criar fato político.
Bom, tá certo que, hoje, as viagens de avião se dirigem rumo ao caos, contratempo e desconforto.
Mas isso é um fato típico da vida desse Brasil, que também tem atraso de coletivos na periferia, atraso de ônibus no subúrbio e não me admira nem um pouco o fato do Alexandre Garcia que só tenha tomado conhecimento disso agora, após o ano de 2002.
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