Dossiê mostra pagamentos a Serra, diz Expedito
(AE)
Em depoimento nesta quarta-feira à CPI dos Sanguessugas, Expedito Veloso, ex-diretor do Banco do Brasil, acusou o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), de receber dinheiro da máfia das ambulâncias, por meio de caixa dois na campanha presidencial de 2002. Expedito afirmou que teve acesso a 15 cheques, de contas do Banco do Brasil, que teriam sido destinados a pagamentos de restos de campanha do tucano naquele ano.
Conforme informações da Agência Câmara, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), sub-relator da CPI, desqualificou a acusação de Expedito contra Serra. "Se o senhor tinha essa informação, por que não a revelou em seu depoimento na Polícia Federal? O senhor esqueceu isso na polícia e lembrou hoje", questionou. Sampaio disse que Expedito e Jorge Lorenzetti adotaram uma estratégia para desviar o foco das investigações sobre a compra do dossiê contra integrantes do PSDB.
Expedito aconselhou os deputados a investigar as empresas DataMicro Informática e Império Representações Turísticas, que teriam feito transferências bancárias de dinheiro para a campanha de Serra a mando do empresário Abel Pereira. O depoente disse que esta última empresa, sediada em Ipatinga (MG), também emitia passagens para a campanha de Serra. O dinheiro teria sido repassado às duas empresas pela família Vedoin.
Expedito, ainda em depoimento, disse que não se lembrava de ter ligado várias vezes para Gedimar Passos quando este estava no Hotel Íbis, em São Paulo, para negociar o dossiê contra integrantes do PSDB. Expedito colocou em dúvida o relatório elaborado pela Polícia Federal sobre a sua quebra de sigilo telefônico.
Em setembro, Expedito estava em Cuiabá acompanhando a entrevista de Luiz Antonio Vedoin à revista "IstoÉ". Passos estava em São Paulo com o empresário Valdebran Padilha, ocasião em que foram apreendidos R$ 1,7 milhão relativos à compra do dossiê. "Não me lembro de ter falado com Gedimar em São Paulo (por telefone)", disse Expedito.
Acareação
O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), sub-relator da CPI, contestou a versão do ex-diretor do BB. Segundo Gabeira, os telefonemas teriam ocorrido por causa de negociação financeira para a entrega dos documentos.
Diante do impasse, o vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), sugeriu uma acareação entre Expedito e Gedimar Passos. "Por que não fazemos uma acareação entre Vedoin e Barjas Negri?", reagiu o deputado Eduardo Valverde (PT-RO), sobre os cheques que teriam pago restos da campanha de Serra em 2002.
(AE)
Em depoimento nesta quarta-feira à CPI dos Sanguessugas, Expedito Veloso, ex-diretor do Banco do Brasil, acusou o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), de receber dinheiro da máfia das ambulâncias, por meio de caixa dois na campanha presidencial de 2002. Expedito afirmou que teve acesso a 15 cheques, de contas do Banco do Brasil, que teriam sido destinados a pagamentos de restos de campanha do tucano naquele ano.
Conforme informações da Agência Câmara, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), sub-relator da CPI, desqualificou a acusação de Expedito contra Serra. "Se o senhor tinha essa informação, por que não a revelou em seu depoimento na Polícia Federal? O senhor esqueceu isso na polícia e lembrou hoje", questionou. Sampaio disse que Expedito e Jorge Lorenzetti adotaram uma estratégia para desviar o foco das investigações sobre a compra do dossiê contra integrantes do PSDB.
Expedito aconselhou os deputados a investigar as empresas DataMicro Informática e Império Representações Turísticas, que teriam feito transferências bancárias de dinheiro para a campanha de Serra a mando do empresário Abel Pereira. O depoente disse que esta última empresa, sediada em Ipatinga (MG), também emitia passagens para a campanha de Serra. O dinheiro teria sido repassado às duas empresas pela família Vedoin.
Expedito, ainda em depoimento, disse que não se lembrava de ter ligado várias vezes para Gedimar Passos quando este estava no Hotel Íbis, em São Paulo, para negociar o dossiê contra integrantes do PSDB. Expedito colocou em dúvida o relatório elaborado pela Polícia Federal sobre a sua quebra de sigilo telefônico.
Em setembro, Expedito estava em Cuiabá acompanhando a entrevista de Luiz Antonio Vedoin à revista "IstoÉ". Passos estava em São Paulo com o empresário Valdebran Padilha, ocasião em que foram apreendidos R$ 1,7 milhão relativos à compra do dossiê. "Não me lembro de ter falado com Gedimar em São Paulo (por telefone)", disse Expedito.
Acareação
O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), sub-relator da CPI, contestou a versão do ex-diretor do BB. Segundo Gabeira, os telefonemas teriam ocorrido por causa de negociação financeira para a entrega dos documentos.
Diante do impasse, o vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), sugeriu uma acareação entre Expedito e Gedimar Passos. "Por que não fazemos uma acareação entre Vedoin e Barjas Negri?", reagiu o deputado Eduardo Valverde (PT-RO), sobre os cheques que teriam pago restos da campanha de Serra em 2002.
4 comentários:
Desculpa postar o comentário que segue, que não tem muito a ver com o seu artigo.
Como democratizar a imprensa? Democratizar a imprensa escrita e televisada é algo impossível. foi se apresntar o projeto da criação do Conselho Nacional de Justiça e a Globo, Veja, Folha e cia cairam de pau. Muito dificil porque tem a ver com o poderio econômico.
Sou da opinião de Paulo Henrique Amorim, segundo o qual, Lula tem que investir na internet. Reforçar o programa de inclusão digital para que as classes D e E sejam plugadas à internet.
A classe dominante está se movendo para "disciplinar' a internet. É só ver o projeto do senador Azeredo/PSDB-MG. Quem o viu falando no programa Observatório da Imprensa sacou que o calcanhar de aquiles de Azeredo não são os tais criminosos virtuais ( até mesmo criminoso sempre usou e continuará usando documentos falsos, até mesmo cara-a-cara com o gerente do banco, para abrir sua conta corrente, imagina só se isso seria diferente na internet) e sim nós blogueiros.
afinal de contas, foi a blogosfera que mostrou o que a mídia tradicional não mostrou: a lista de furnas, o envolvimento do próprio Azeredo com o valerioduto, etc.
impossível democratiza os velhos dinossauros da mídia tipo Frias, Marinhos, Civita, etc, pois isso tem a ver com democracia econômica, o que falta neste País onde 10% da população abocanha 47% da riqueza nacional)
Pesquisando no Google fui parar no blog de Portugal, um casal, uma portuguesa e um brasileiro.
Lendo um artigo ali postado, escrito na época da campanha, vi que Portugal e, com certeza outros Países, são invadidos pelas versões da mídia brasileira. De forma que não tenho a menor dúvida de que a mídia existe e funciona em forma de pool internacional. É por isso que muitos brasileiros=portugueses=amercianos=ingleses morrerão acreditando de pés juntos que Chavez, Fidel, Lula, Evo, etc, são demônios e Bush um santo prestes a ser beatificado por Bento 16. E o Escrivá,OpusDei, não virou santo? Ana comentando no meu blog:
[Ana] [anagarcia.blogspot.com] [Lisboa]
Oi! Obrigada pelo comentário no meu blog. Quem fez o texto foi o meu namorado, que é brasileiro... Portanto acho que ele sabe do que fala... Eu confesso, não entendo muito, mas aqui em Portugal quando se fala na política brasileira só se ouvem falar em casos de corrupção... tipo o Mensalão e tal...
19/11/2006 17:09
O tucano Comando Delta deveria dizer de onde veio o dinheiro da compra do dossiê. Conforme o presidente da Sindicato dos Policiais Federais, na revista Caros Amigos/ outubro, o Comando Delta é integrado por esta gente que comprou a Vale do Rio Doce por 3 bi, dinheiro dado por FHC. O Comando Delta trama operações como esta da compra do dossiê. Noutra ocasião, o tal CD,é o que se suspeita, colocou uma mala de dinheiro no caminho de Roseana Sarney para não atrapalhar Serra.
O Gabeira é tudo e portador até de poderes divinatórios . Qualquer dia vai descobrir os números da Mega Sena. Quanto ao Raul Jungmann, eu vi este episódio, o Valverde que geramente é chamado de "provocador" pelos seus colegas da oposição não deixou por menos. Foi na lata. Restou o sorriso amarelado e sem graça do Jungmann. Eu gosto de gente assim igual ao Valverde nada de muita diplomacia. Bateu levou. O senador Suplicy precisava tomar umas aulinhas com ele.
Sabe o que estou achando e não estou brincando? Que o dinheiro do dossiê foi colocado por pessoal ligado a oposição antecipadamente no cofre do hotel onde se hospedaram os envolvidos. A Polícia Federal grampeou os telefones dos Vedoins e sabia onde o pessoal se hospedaria. Era só alguém subornar o pessoal do hotel para que assim que os envolvidos aparecessem na portaria fossem encaminhados para o apartamento cujo cofre com o dinheiro já os estaria esperando. Depois talvez combinado com o Delegado da PF, este apareceria e armaria o flagrante. Digo isso porque não foi uma quantia exata em números redondos. Prova de que alguém surrupiou parte do dinheiro antes que este chegasse ao cofre. A armação, arapuca, ou armadilha foi tão bem arquitetada que os próprios envolvidos não atinaram para esta possibilidade. Estão até agora, uns desconfiando dos outros. Porque o pessoal da oposição insistiu tanto para que fosse investigado a origem do dinheiro? Por que sabiam que seria impossível descobrir. Quem procuraria a origem nos partidos de oposição? Seriam insuspeitos não? Que tal a Polícia Federal apertar o pessoal do hotel? Ninguém viu nada? Geralmente em casos assim o pessoal do estabelecimento é entrevistado. Alguém viu ou ouviu algum depoimento deste pessoal na mídia? Estranho não? Ficção? Não sei, tudo é possivel.
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