Numa longa entrevista que concedeu no programa da Rádio Melodia em 12/01/2007, o deputado Raul Jungmann (PPS-PE) afirmou que está sendo alvo de uma grande armação, ao se defender das acusações feitas pelo Ministério Público de que, ao longo da sua gestão no Ministério da Reforma Agrária, ocorreram desvios da ordem de R$ 33 milhões.
Jungmann desconfia que o ex-ministro José Dirceu estaria por trás das articulações, junto ao MP, para atingir a sua honra. 'É possível. De Dirceu, você pode esperar tudo, mas não há nada que possa me comprometer nessa acusação. Já li toda a peça e estou absolutamente tranquilo', afirmou, adiantando que antecipará, para a próxima segunda-feira, a entrevista coletiva, na qual fará a sua defesa documental.
'Eu contrariei muitos interesses. Há pouco, me insurgi contra o aumento do salário dos parlamentares, criei a CPI do Sanguessuga e tenho feito uma cruzada pela moralização do Congresso', disse. Jungmann confirmou ter recebido R$ 20 mil, a título de ajuda para a campanha eleitoral, em 2002, da empresa Artplan, que aparece citada no processo do MP, mas disse que a doação obedeceu rigidamente à lei eleitoral.
Sobre o valor do contrato com a empresa Informes, de propriedade de Rebeca Scatrut, esposa do jornalista Ricardo Noblat, que prestou assessoria para o Ministério da Reforma Agrária, Jungmann admitiu que o valor seria alto, mas disse não se lembrar quanto pagava mensalmente.
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