Fremindo de emoção. Voz indignada. Colocando à mostra a vocação teatral revelada em confidências a artistas, o presidente Fernando Henrique Cardoso não deixou por menos: investiu pesadamente contra os agricultores que reivindicavam novos prazos para pagar suas dívidas, "inchadas" por distorções de todo tipo. “Não permitirei. Não permitirei que caloteiros contumazes embolsem o dinheiro do povo, o dinheiro da saúde, da educação...”, bradou ele, no papel de novo Pai do Povo. Sem crédito, sem preços, sem garantia de venda das safras, 4,8 milhões de agricultores passavam a enfrentar uma nova praga: ficaram marcados, a ferro em brasa, com a imagem de "inimigos públicos".
Para garantir que o rótulo permaneceria na memória dos brasileiros, o governo FHC foi mais longe: como sempre, convocou a grande imprensa para entregar material transformado em reportagens sobre “a doce vida dos caloteiros”, com casas hollywoodianas e piscinas deslumbrantes. Isso foi lá pelos idos de 97. Em janeiro de ano 2006, em uma entrevista-balanço sobre seus primeiros cinco anos de governo, a Folha de S.Paulo perguntou ao presidente qual o maior erro que ele considerava ter cometido no período. Sem pestanejar, FHC respondeu:
“chamar os agricultores de caloteiros. Eles realmente não podiam pagar aquelas dívidas”.
E mais:
“eu não sabia disso naquela época”.
Um comentário:
depois que a mídia passou um mês bradando aos quatro ventos que as máquinas as quais Vavá se referia em suas conversas telefônicas, ficou provado que as tais máquinas eram de terraplanagem, pedido negado por Lula
A mídia deveria agora passar um mês pedindo desculpas ao Vavá e informando corretamente a população
Vavá, o lobista do século....rssss
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