Fico imaginando... como são descobertos os alimentos? O sabor, as propriedades. Claro, alguém tem que experimentar primeiro. Em se tratando de uma fruta, fica fácil, pois as frutas geralmente tem um aspecto chamativo, com suas cores e beleza de formato.
Mas por que será que alguém resolveu fazer "café de grãos" contidos no meio das fezes de um felino???
Pois é!!! A rara bebida é, na verdade, preparada com partículas extraídas das fezes de animais, do excremento da civeta, um mamífero semelhante ao gato, que vive no arquipélago da Indonésia. O animal come os frutos mais doces e maduros do café. Todo alimento é digerido pelo organismo, com exceção dos grãos. Estes são expelidos nas fezes, praticamente intactos, depois de passar por um processo natural de fermentação. É isso que, segundo os apreciadores, proporciona ao produto um “inigualável sabor levemente achocolatado”.
Café felino
por Rodrigo Martins
Pois é!!! A rara bebida é, na verdade, preparada com partículas extraídas das fezes de animais, do excremento da civeta, um mamífero semelhante ao gato, que vive no arquipélago da Indonésia. O animal come os frutos mais doces e maduros do café. Todo alimento é digerido pelo organismo, com exceção dos grãos. Estes são expelidos nas fezes, praticamente intactos, depois de passar por um processo natural de fermentação. É isso que, segundo os apreciadores, proporciona ao produto um “inigualável sabor levemente achocolatado”.
Café felino
por Rodrigo Martins
“Quem vai pagar 20 reais por isso?”, pergunta o balconista do bar ao lado
Raridade
“Quer experimentar uma xícara de Kopi Luwak?” Antes de aceitar a cortesia, a cliente contrai os lábios e franze a testa. Soube, minutos antes, que a rara bebida é, na verdade, preparada com partículas extraídas das fezes de animais. A curiosidade supera a hesitação. Para provar a iguaria, limpa o paladar com água mineral. Depois, aprecia lentamente o café, com o mesmo cuidado de um enólogo diante de uma taça de vinho de safra excepcional. “É bom, mas não justifica o preço”, sentencia Carla Ciuile, assídua freqüentadora do Santo Grão, na rua Oscar Freire, nos Jardins paulistanos.
A cerimônia é justificável. Considerado o café mais caro do mundo, o Kopi Luwak é vendido por cerca de mil dólares o quilo. É produzido a partir do excremento da civeta, um mamífero semelhante ao gato, que vive no arquipélago da Indonésia. O animal come os frutos mais doces e maduros do café. Todo alimento é digerido pelo organismo, com exceção dos grãos. Estes são expelidos nas fezes, praticamente intactos, depois de passar por um processo natural de fermentação. É isso que, segundo os apreciadores, proporciona ao produto um “inigualável sabor levemente achocolatado”.
Para completar o cardápio da casa, que inclui cafés procedentes da Jamaica, Etiópia e Quênia, o Santo Grão importou um quilo da preciosidade indonésia. Cada xícara é vendida por 20 reais. “O preço é salgado porque a produção é limitada, menos de 230 quilos por ano”, explica Vanessa Mills, gerente de marketing da cafeteria. Na última semana de maio, quando começou a ser comercializado na loja, apenas dez clientes se dispuseram a comprar uma dose do “cafezes”, como os maledicentes apelidaram a bebida. “As pessoas ficam curiosas. Algumas torcem o nariz, outras querem provar. Mas ainda não fizemos uma grande divulgação do produto. Se o pessoal gostar, compramos mais. Não adianta deixar muito produto no estoque.”
Um dos primeiros a apreciar o café de civeta, no Santo Grão, foi Thiago Meirelles, 23 anos, um dos baristas da casa. Aprovou o sabor, mas também ficou com um pé atrás antes do primeiro gole. “Na hora, pensei no café sendo separado do cocô. Mas eu sabia que o animal tem uma dieta especial, só come frutas selecionadas. Além disso, os grãos passam por uma lavagem, não vão direto para o pacotinho.” Por enquanto, o funcionário só preparou quatro cafezinhos de Kopi Luwak para a clientela, dos quais dois foram cortesias. Muito pouco, perto dos 700 cafés expressos vendidos diariamente na loja, a maioria ao custo de menos de 3 reais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário