quinta-feira, 28 de junho de 2007

Marcus Figueiredo

Para o professor Figueiredo, o anti-lulismo da grande mídia se deve ao fato de, como o Presidente Lula deu certo, haver uma alternância de poder, que interrompa o ciclo de governos oligárquicos, que a grande mídia representa.

Uma pesquisa do professor Figueiredo mostra que o Globo e o Estadão são, numa mídia contra o Presidente Lula, os dois órgãos de imprensa mais anti-Lula. A pesquisa mostra que os editoriais e os colunistas são ainda mais anti-Lula do que o noticiário. O resultado desse sistemático anti-lulismo, segundo o professor Figueiredo, resultará na perda de credibilidade da grande mídia.

Eu tenho uma leve impressão, que é extremamente difícil de demonstrar, que houve um total desencantamento com a figura, com o presidente na medida em que ele, pela sua história, acabou dando certo como um presidente.

Neste ano, sobre as eleições de 2006, ficou absolutamente patente que a grande imprensa, os grandes jornais do Brasil tiveram comportamento muito enviesado contra a candidatura do presidente Lula. As razões pra isso podem ser de várias ordens. Desde a questão do ponto de vista moral, do ponto de vista das articulações políticas, por conta de os escândalos todos que ocorreram nos últimos dois, três anos. Entretanto, essas são questões que fazem parte da política, que são resolvidas politicamente, foram resolvidas institucionalmente, algumas os principais assessores do presidente foram afastados, alguns foram punidos ou absolvidos pelo próprio Congresso de forma que, do ponto de vista institucional o presidente fez o que podia ser feito.


Entretanto, permaneceu como o tom da grande mídia esta oposição em relação à candidatura do presidente. Agora, chamo a atenção para um detalhe importantíssimo: o excesso e o tom mais alto de críticas era em direção às atividades políticas do presidente e da própria campanha. Entretanto, quando a gente continua vendo os jornais - todos eles - e vamos pras páginas de economia, só aparecem notícias que são favoráveis ao governo e, obviamente, ao presidente Lula pela condução da economia e também na parte social. Portanto, o que ficou absolutamente claro é que nós assistimos a uma cobertura que tinham dois lados, eram duas faces da mesma moeda, ou seja, numa face a mídia posicionou-se enviesada contra a candidatura. Na outra face, ela estava inteiramente favorável ao desempenho na área econômica e social do presidente.

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