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Numa de suas primeiras aparições depois de voltar às atividades públicas, das quais havia se afastado após perder a presidência para Luiz Inácio Lula da Silva, Alckmin elogiou as ações da Polícia Federal, mas, irônico, sugeriu que o governo dê menos trabalho à instituição. "Se você for verificar em todos os escândalos de corrupção o cofre é um só, do Executivo federal, que não tem controle", comentou. "A Polícia Federal deveria estar mais liberada para proteger a população combatendo o tráfico de drogas e de armas e a lavagem de dinheiro".
Alckmin diz que ações do PCC foram políticas
Ex-governador diz que organização visava prejudicar sua candidatura à presidência
O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que os ataques a delegacias feitos pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) no ano passado tiveram viés político com o objetivo de prejudicar sua candidatura à presidência da República. "As ações tinham objetivo claríssimo de ter interferência no processo eleitoral, tanto que acabaram depois das eleições", sustentou Alckmin.
Para Alckmin, os ataques do PCC demonstram a migração do crime organizado para a política no Brasil, ao contrário da Colômbia, onde as Farc migraram da política para o crime". O ex-governador acredita que o grupo criminoso não queria a expansão de ações públicas como construção de penitenciárias de segurança máxima, regime penitenciário diferenciado e isolamento de seus líderes.
Ao falar sobre seu futuro político, o ex-governador foi evasivo. Chegou a dizer que é cedo para decidir se será candidato em 2008 ou 2010. Depois, em outra entrevista, proclamou que é candidato apenas a ajudar a oposição percorrendo todo o País. "Quando o governo tem oposição firme ele não se acomoda, ele se corrige, ele melhora", afirmou. "É tão patriótico ser governo quanto ser oposição".
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