Esta semana, no horário nobre das maiores redes de TV, começa a ser veiculada uma publicidade da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). Na verdade, é o início de uma série de comerciais, em formato de programa de televisão. Tudo muito lindo, muito belo. A idéia é mostrar quanto o Brasil ganha com essa empresa. A Vale e seus acionistas estrangeiros, principalmente, vão despejar milhões de dólares nos próximos dias na imprensa nacional, regional e local para "fazer a cabeça" da opinião pública.
Mas essa ação da CVRD é, na verdade, uma ampla e dura reação. Muitos movimentos sociais, sindicais e até o segmento progressista da igreja Católica, começam a se organizar para colocar nas ruas do Brasil, de 1 a 7 de setembro próximo, um plebiscito popular. A população vai estar sendo chamada a se manifestar sobre a privatização da Companhia Vale do Rio Doce. Outras questões estarão nas cédulas de votação, como o problema da energia, a reforma da Previdência, as dívidas interna e externa e transposição do rio São Francisco.
Mas a privatização da Vale é o carro-chefe do plebiscito. Exatamente em 2007 faz dez anos que a CVRD deixou de ser estatal e passou para as mãos privadas. Foi praticamente doada, "vendida" a preço de banana. Historiadores e economistas têm acordo que a venda da Vale figura entre um dos maiores crimes contra o povo brasileiro, contra seu patrimônio. Os dados que confirmam essa afirmativa são fartos e devem encher de indignação a alma de qualquer vivente neste País, especialmente de um geração que precisa beber a história do seu povo.
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