Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), deverá enviar ofício ao primeiro vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), para registrar o protesto do deputado Raul Jungmann (PPS-PE), que reclama de ter sido agredido por seguranças da Casa. O desentendimento ocorreu antes do início da sessão de julgamento de processo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Chinaglia, porém, quer falar antes com Tião Viana. "Vou enviar [o ofício], mas acho que é de bom tom eu falar com o senador Tião Viana. Segundo informação que me veio, ele tinha autorizado os deputados a entrar e, estes, por sua vez, se apoiaram em uma liminar".
"Agressão física dentro do Congresso Nacional é inadmissível", afirmou Chinaglia, que espera uma investigação sobre o caso. "Em outras situações aqui na Câmara, quando houve necessidade, fizemos investigação. Avalio que lá [no Senado] vai ser feita uma investigação".
Para o presidente da Câmara, as agressões que antecederam a sessão do Senado não passam de incidente lamentável e não devem ser motivo para disputa entre as duas Casas. "Primeiro, isso não pode trazer à imaginação fértil de alguém que se vai produzir uma disputa entre Câmara e Senado. Esse é um episódio rigorosamente menor e, por ser menor, vem o segundo ponto: hoje tem coisa infinitamente mais importante acontecendo no Senado".
Mesmo com a liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), que garantiu a 13 deputados o livre acesso ao plenário do Senado e presença na sessão, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) foi empurrado por um segurança na porta do plenário do Senado e impedido de entrar. Ao ver a cena, Jungmann, também beneficiado pela liminar, partiu em defesa de Gabeira e deu um soco no segurança. Jungmann precisou ser contido pelas pessoas que estavam no corredor.
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