MÔNACO - A Interpol prendeu, neste sábado, Salvatore Cacciola, ex-dono do banco Marka, no Principado de Mônaco, pequeno país ao sul da França. Segundo informações da Polícia Federal, o Ministério da Justiça entrará com pedido de extradição.
Na segunda-feira, o ministro Tarso Genro realizará uma reunião com a Polícia Federal e o Itamaraty para discutir os detalhes operacionais para que Cacciola seja enviado para o Brasil.
Cacciola, que estava foragido, foi condenado a 13 anos de prisão por crimes de peculato e gestão fraudulenta. Ele foi acusado de receber informações privilegiadas de Francisco Lopes, então presidente do Banco Central.
O escândalo financeiro ocorreu em 1999 durante o processo de desvalorização do Real, em janeiro daquele ano, quando o Banco Central teria socorrido os bancos Marka e FonteCindam com R$ 1,6 bilhão. O objetivo seria impedir a liquidação das duas instituições para evitar um abalo em todo o sistema financeiro.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça, Genro recebeu a informação sobre a prisão pela Polícia Federal. O Itamaraty informou que a embaixada brasileira em Roma ainda não foi notificada oficialmente da prisão, o que deve ocorrer ao longo da semana. Assim que o comunicado chegar a Brasília, será encaminhado ao Ministério da Justiça que poderá solicitar a extradição.
(*com informações da Agência Estado)
Na segunda-feira, o ministro Tarso Genro realizará uma reunião com a Polícia Federal e o Itamaraty para discutir os detalhes operacionais para que Cacciola seja enviado para o Brasil.
Cacciola, que estava foragido, foi condenado a 13 anos de prisão por crimes de peculato e gestão fraudulenta. Ele foi acusado de receber informações privilegiadas de Francisco Lopes, então presidente do Banco Central.
O escândalo financeiro ocorreu em 1999 durante o processo de desvalorização do Real, em janeiro daquele ano, quando o Banco Central teria socorrido os bancos Marka e FonteCindam com R$ 1,6 bilhão. O objetivo seria impedir a liquidação das duas instituições para evitar um abalo em todo o sistema financeiro.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça, Genro recebeu a informação sobre a prisão pela Polícia Federal. O Itamaraty informou que a embaixada brasileira em Roma ainda não foi notificada oficialmente da prisão, o que deve ocorrer ao longo da semana. Assim que o comunicado chegar a Brasília, será encaminhado ao Ministério da Justiça que poderá solicitar a extradição.
(*com informações da Agência Estado)
CACCIOLA: A BOMBA CAI EM FHC E MELLO
Paulo Henrique Amorim
Máximas e Mínimas 642
. A prisão de Salvatore Cacciola no Principado de Mônaco é, como diria o Simão, uma buemba, buemba no colo do Farol de Alexandria e do ministro Marco Aurélio de Mello, o herói da mídia conservadora (e golpista !).
Paulo Henrique Amorim
Máximas e Mínimas 642
. A prisão de Salvatore Cacciola no Principado de Mônaco é, como diria o Simão, uma buemba, buemba no colo do Farol de Alexandria e do ministro Marco Aurélio de Mello, o herói da mídia conservadora (e golpista !).
. Cacciola mostra as vísceras do Banco Central e do fracasso da engenharia econômica do Plano Real, quando foi obrigado a desvalorizar a moeda.
. Cacciola faz voar vidro para todo lado: do presidente do Banco Central, Chico Lopes à diretora de fiscalização do banco, Tereza Grossi, que fiscalizava os bancos com a pertinácia com que a CVM fiscalizava Daniel Dantas.
. Cacciola deu um golpe no Banco Central de US$ 1,5 bilhão nas barbas do Governo Fernando Henrique.
. A Polícia Federal conseguiu prender Cacciola.
. O ministro Marco Aurélio de Mello deu uma liminar a Cacciola e o direito de contemplar o Mediterrâneo sentado nos bares elegantes do Principado de Mônaco, ao lado de Grace Kelly.
. O ministro Mello tem o hábito de fazer a Polícia Federal trabalhar em dobro e gastar o dinheiro do contribuinte em dobro.
. Recentemente, na Operação Furação, a Polícia Federal prendeu três bicheiros do Rio.
. Marco Aurélio de Mello mandou soltá-los, porque não se configurava, segundo ele, na sua linguagem empolada, uma ação “delitiva”.
. A Polícia Federal teve que voltar à Justiça para conseguir prender os três, de novo, flagrados em ação “delitiva”.
. Se Cacciola abrir o bico, urubu vai voar de costas em Niterói, como diria Estanislau Ponte Preta.
. Depois da liminar concedida pelo ministro Mello, a Polícia Federal expediu uma "difusão vermelha".
. Isso significa que a Interpol no mundo inteiro poderia prender Cacciola.
. Se Cacciola tivesse sido preso na Itália, não teria sido possível pedir a sua extradição.
. A Itália e o Brasil não extraditam nacionais, e Cacciola é cidadão italiano.
. Felizmente, Cacciola foi ao Principado de Mônaco e de lá pode ser extraditado.
. Agora, o Ministério Público e o Ministério da Justiça vão pedir a extradição dele e a Justiça de Monte Carlo vai julgar.
. Se for extraditado, sempre haverá a possibilidade de o Supremo soltá-lo de novo.
Em tempo: sobre esse período de glória do Plano Real, recomenda-se a leitura de "Os Cabeças-de-Planilha", de Luís Nassif.
Clique aqui para ler "Não Coma Gato por Lebre".
Em tempo: sobre esse período de glória do Plano Real, recomenda-se a leitura de "Os Cabeças-de-Planilha", de Luís Nassif.
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