terça-feira, 20 de novembro de 2007

A BRIGA



REINALDO AZEVEDO: Devo ter batido o cotovelo, sem querer, na cabeça do valente...

Agora até petralha que escreve sobre automobilismo, um esporte burguês, decidiu me atacar. Leitores me mandam o link. Não tenho nada a dizer a um velho, baixinho e careca que tira onda de garotão — quer dizer, de garotinho. Não saber envelhecer é, pra mim, um indício sério de mau-caratismo. Parece que ele foi meu contemporâneo na Folha. Se foi, não me lembro. Devo ter batido o cotovelo na cabeça dele sem querer, a caminho do banheiro, daí o ódio. Ou, sei lá, não lhe dei a atenção que ele julgava merecer, daí ficar oferecendo o traseiro para levar um chute, o que não demanda esforço. É só mais um anãozinho moral da coleção de anões petralhas. Não sei dirigir, e ele não sabe o que diz nos temas que me são caros. Então por que a pinimba? Porque é pago pra isso.



Flávio Gomes (jornalista)-
(...)Nominalmente, acho que só citei esse cretino do Reinaldo Azevedo, da "Veja". E cito a "Veja", que é uma bosta de revista, e perigosa, porque é a única coisa que a classe média lê. "Li na 'Veja'" é o que mais ouço no meu prédio. Um horror.


Critico, sim, a mídia e o jornalismo em geral, as babaquices da Globo, esse eterno clima de "nosso país é do caralho" que a Globo tenta vender em quase tudo que produz, esse otimismo barato, esse patriotismo frágil e mentiroso.


Para a Globo, parece que é absolutamente necessário que todos se sintam felizes como estão, onde estiverem. Símbolo maior disso é essa anomalia dos programas sobre a periferia, que glamurizam a periferia, que dizem que a periferia é do caralho, como que ordenando "fiquem aí, aí é legal, tem hip hop e funk", quando na verdade a periferia é uma merda, um inferno, todos gostariam de sair de lá, se pudessem. Mas, para a Globo, é do caralho. Enquanto a periferia não sai roubando e matando a classe média, é do caralho.

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