Preço dos espumantes sobe, mas classe média faz do consumo da bebida um hábito
SÃO PAULO - Se consumir champagne fora das datas festivas é coisa para o público da classe AAA, o público de classe média está descobrindo o prazer de consumir espumantes fora de épocas festivas. "Eu diria até que eles estão cada vez mais criando motivos para consumir os espumantes, que hoje chegam a ser tão bons quanto alguns champagnes", afirma o sócio proprietário da loja mineira Ora Bolhas Champanharia, Sérgio Castelo Branco.
Castelo Branco explica que, nos últimos dois anos, notou uma mudança no hábito de consumo de seus clientes. "Quem estava acostumado a consumir cervejas mais elaboradas como a Baden Baden passou a consumir espumante, e nem posso dizer que isso tem a ver com o preço, porque nos últimos anos os espumantes sofreram incremento superior a 10% nos valores. A Salton, por exemplo, que antes era vendida por R$ 13,75 hoje é encontrada por R$ 17,10".
O proprietário conta que, com a queda do dólar, era de se esperar que o preço das bebidas importadas diminuísse, mas isso não aconteceu. "A Dom Pèrignon, por exemplo, teve seu preço inflado no último ano e passou de R$ 136 para R$ 150 a garrafa".
Festas de Fim do Ano
Castelo Branco afirma ainda que tanto para comerciantes, quanto para consumidores, essa é a época de estocar a bebida para as festas de final do ano. "Nesta época as bebidas somem das prateleiras e quem tem para vender pode aumentar o preço em até 30%. Com isso, o consumidor que deixar para a última hora terá que desembolsar mais dinheiro".
O comerciante atribui o aumento no preço da bebida também à falta de uvas que o setor enfrenta. "Há pouco tempo os espumantes e os champagnes eram bebidas apenas para datas especiais e não havia um consumo excessivo. Em dois anos minha empresa registrou aumento de 50% nas vendas e o mercado muitas vezes não consegue atender a demanda. Isso encarece o produto".
Castelo Branco explica que os preços só não se tornaram abusivos, porque os produtores acharam soluções para suprir a demanda. "Hoje a oferta de novos produtos é muito grande e as uvas para espumantes demoram cerca de 5 anos para ficarem prontas para o consumo. Por isso tem produtor usando uva de vinhos em 20% da bebida. Assim o preço fica mais barato e a bebida não some das prateleiras".
"E é bom os preços não subirem porque o consumidor é exigente com preço. Em restaurantes paulistas vi champagnes e espumantes com preços inflacionados em até 200%. O consumidor não é bobo e dá muito valor ao dinheiro, seja ele de classe AAA ou C. Ele não compra se achar que o preço está aquém do justo. Apesar de gostarem da bebida e terem criado o hábito de consumi-la com freqüência, ninguém quer pagar mais do que o justo por esse prazer", finaliza.
SÃO PAULO - Se consumir champagne fora das datas festivas é coisa para o público da classe AAA, o público de classe média está descobrindo o prazer de consumir espumantes fora de épocas festivas. "Eu diria até que eles estão cada vez mais criando motivos para consumir os espumantes, que hoje chegam a ser tão bons quanto alguns champagnes", afirma o sócio proprietário da loja mineira Ora Bolhas Champanharia, Sérgio Castelo Branco.
Castelo Branco explica que, nos últimos dois anos, notou uma mudança no hábito de consumo de seus clientes. "Quem estava acostumado a consumir cervejas mais elaboradas como a Baden Baden passou a consumir espumante, e nem posso dizer que isso tem a ver com o preço, porque nos últimos anos os espumantes sofreram incremento superior a 10% nos valores. A Salton, por exemplo, que antes era vendida por R$ 13,75 hoje é encontrada por R$ 17,10".
O proprietário conta que, com a queda do dólar, era de se esperar que o preço das bebidas importadas diminuísse, mas isso não aconteceu. "A Dom Pèrignon, por exemplo, teve seu preço inflado no último ano e passou de R$ 136 para R$ 150 a garrafa".
Festas de Fim do Ano
Castelo Branco afirma ainda que tanto para comerciantes, quanto para consumidores, essa é a época de estocar a bebida para as festas de final do ano. "Nesta época as bebidas somem das prateleiras e quem tem para vender pode aumentar o preço em até 30%. Com isso, o consumidor que deixar para a última hora terá que desembolsar mais dinheiro".
O comerciante atribui o aumento no preço da bebida também à falta de uvas que o setor enfrenta. "Há pouco tempo os espumantes e os champagnes eram bebidas apenas para datas especiais e não havia um consumo excessivo. Em dois anos minha empresa registrou aumento de 50% nas vendas e o mercado muitas vezes não consegue atender a demanda. Isso encarece o produto".
Castelo Branco explica que os preços só não se tornaram abusivos, porque os produtores acharam soluções para suprir a demanda. "Hoje a oferta de novos produtos é muito grande e as uvas para espumantes demoram cerca de 5 anos para ficarem prontas para o consumo. Por isso tem produtor usando uva de vinhos em 20% da bebida. Assim o preço fica mais barato e a bebida não some das prateleiras".
"E é bom os preços não subirem porque o consumidor é exigente com preço. Em restaurantes paulistas vi champagnes e espumantes com preços inflacionados em até 200%. O consumidor não é bobo e dá muito valor ao dinheiro, seja ele de classe AAA ou C. Ele não compra se achar que o preço está aquém do justo. Apesar de gostarem da bebida e terem criado o hábito de consumi-la com freqüência, ninguém quer pagar mais do que o justo por esse prazer", finaliza.
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