sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

De olho no futuro
























Mauro Braga

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), apesar de ser tucano, prova que está mais para Zé Carioca, o esperto papagaio. Suas atitudes que o digam. Até que demorou para que Serra tomasse alguma atitude mais explícita em relação à questão da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Desde ontem, começou a telefonar para senadores do seu partido pedindo apoio à prorrogação da cobrança da contribuição, que de provisória não tem nada.

Também, queriam o quê? O governador espera se eleger presidente da República em 2010, e abrir mão do "troquinho" representado pelos R$ 40 bilhões anuais arrecadados pela CPMF, e que saem bonitinhos do bolso do contribuinte, nem pensar. Apesar da resistência por parte do partido, Serra e o governador Aécio Neves (PSDB), de Minas Gerais, decidiram partir para o corpo-a-corpo com os senadores.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será eternamente grato. E a gratidão parece que até já está sendo reconhecida. Somente este ano, Serra terá R$ 11 bilhões para investimentos, e Aécio, R$ 9 bilhões referentes a investimentos para obras do governo federal nos estados.

Agora imaginem, caso Serra se eleja presidente em 2010, já em 2011 o imposto acabaria, se aprovado agora. Aí, será o PSDB a contar com os oposicionistas petistas para poder prorrogar, mais uma vez, a CPMF. É a política!

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