Conhecedor das histórias da namorada, o Senador levava a relação na cautela
Todo mundo pensou que a Dadinha tivesse tomado jeito depois que conheceu o Rebam, Senador da República, numa noite de fogos no Lago Paranoá. Foi amor à primeira vista. Logo que bateu o olho no carro do sujeito, não teve dúvida:
"É esse!" Do Rebam ela passou a gostar depois, quando percebeu que, além de Senador endinheirado, tratava-se de bom moço. Foi aí que fez o juramento na frente da Celinha, sua melhor amiga: "Nunca mais outro homem coloca a mão em mim. Juro. Nunca mais!"
E a menina serelepe passou a viver para o namorado. Desdobrou-se para dar conta de ser mulher honesta. Deixou de lado os tempos de dadeira, quando liberava o quadril para tudo quanto é ser vivente, macho, da escola e do trabalho. De mulher ela não gostava. Tentou umas duas vezes com colega da academia, mas não curtiu. Certa noite, embebedada, revelou para a Celinha: "Faltava alguma coisa, entende?" Já com a marmanjada era uma loucura. Entre quatro paredes, de costas, tinha até grito de guerra: "Arrebenta, que eu tô facinha!"
Tudo passado. Depois do Rebam, a loura fogosa sossegou a periquita. Contudo, conhecedor das histórias da namorada, o Senador levava a relação na cautela. Noivado era assunto besta, que ele nem deixava render. E a Dadinha, fazendo de tudo para apagar a fama de outros tempos, mudou de postura e comportamento. Passou a trabalhar na administração das Fazendas de gado do Senador e não desgrudava do companheiro para nada. Era "benzinho" pra cá, "amorzinho" pra lá... um chamego só. Quentíssima, era só com o Rebam que ela se apagava. Vez por outra o sujeito a deixava na mão, mas, no geral, até que dava conta do recado.
Foram três anos até o noivado. O casamento marcaram em seguida, dois meses depois. A Celinha sempre muito presente, até ajudou na escolha do enxoval. Tudo da melhor qualidade, comprado na DASLÚ, onde pobre não entra nem como prestador de serviço.
Quando conheceu o apartamento de luxo, comprado pelo noivo, a Celinha não se segurou: "Menina!!! Que peteca de ouro, hein!?" Não era só isso. A Dadinha parecia ter nascido para esposa rara. Nem de longe lembrava a dadeira da Ceilândia. Estava bem perto de ganhar tratamento de senhora, com Fazenda de Gado, Emissoras de TV,rádio e tudo. E o Rebam, cada dia mais convencido: "É a mulher da minha vida!".
Casamento lindo, de novela. Festão para quase mil convidados em clube dos mais respeitados de Brasília. Noite de princesa teve a Dadinha, vestida de branco. O casal não se continha de tanta felicidade. Fez gosto ver os dois, posando para foto, no corte do bolo de cinco andares. As horas se foram com as estrelas. Fim de baile em madrugada de restos. O noivo, bêbado, cambaleava no salão, quando Celinha flagrou a noiva em quebra de promessa. Em brasa, no terraço vazio, Dadinha afrouxou as pernas e o vestido para um desavergonhado padrinho do Noivo.
E a menina serelepe passou a viver para o namorado. Desdobrou-se para dar conta de ser mulher honesta. Deixou de lado os tempos de dadeira, quando liberava o quadril para tudo quanto é ser vivente, macho, da escola e do trabalho. De mulher ela não gostava. Tentou umas duas vezes com colega da academia, mas não curtiu. Certa noite, embebedada, revelou para a Celinha: "Faltava alguma coisa, entende?" Já com a marmanjada era uma loucura. Entre quatro paredes, de costas, tinha até grito de guerra: "Arrebenta, que eu tô facinha!"
Tudo passado. Depois do Rebam, a loura fogosa sossegou a periquita. Contudo, conhecedor das histórias da namorada, o Senador levava a relação na cautela. Noivado era assunto besta, que ele nem deixava render. E a Dadinha, fazendo de tudo para apagar a fama de outros tempos, mudou de postura e comportamento. Passou a trabalhar na administração das Fazendas de gado do Senador e não desgrudava do companheiro para nada. Era "benzinho" pra cá, "amorzinho" pra lá... um chamego só. Quentíssima, era só com o Rebam que ela se apagava. Vez por outra o sujeito a deixava na mão, mas, no geral, até que dava conta do recado.
Foram três anos até o noivado. O casamento marcaram em seguida, dois meses depois. A Celinha sempre muito presente, até ajudou na escolha do enxoval. Tudo da melhor qualidade, comprado na DASLÚ, onde pobre não entra nem como prestador de serviço.
Quando conheceu o apartamento de luxo, comprado pelo noivo, a Celinha não se segurou: "Menina!!! Que peteca de ouro, hein!?" Não era só isso. A Dadinha parecia ter nascido para esposa rara. Nem de longe lembrava a dadeira da Ceilândia. Estava bem perto de ganhar tratamento de senhora, com Fazenda de Gado, Emissoras de TV,rádio e tudo. E o Rebam, cada dia mais convencido: "É a mulher da minha vida!".
Casamento lindo, de novela. Festão para quase mil convidados em clube dos mais respeitados de Brasília. Noite de princesa teve a Dadinha, vestida de branco. O casal não se continha de tanta felicidade. Fez gosto ver os dois, posando para foto, no corte do bolo de cinco andares. As horas se foram com as estrelas. Fim de baile em madrugada de restos. O noivo, bêbado, cambaleava no salão, quando Celinha flagrou a noiva em quebra de promessa. Em brasa, no terraço vazio, Dadinha afrouxou as pernas e o vestido para um desavergonhado padrinho do Noivo.
*Adaptação do conto de Jefferson da Fonseca
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