quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

CHURRASQUINHO DE PRESOS: CHOQUE DE GESTÃO DO TUCANO AÉCIO NEVES obriga CPI investigar morte de presos em Minas

A morte de oito presos na cadeia pública de Rio Piracicaba, na Região Central de Minas, desperta reações entre familiares das vítimas e autoridades. A tragédia ocorreu na terça-feira à noite, depois de um incêndio no local. O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário, deputado Domingos Dutra (PT-MA), viaja quinta-feira para a cidade para acompanhar o caso.

Confira a reportagem da TV Alterosa

Segundo o Corpo de Bombeiros de Itabira, o fogo pode ter começado depois de um curto-circuito. Os detentos estavam na cela quando o incêndio começou, por volta das 20h, e tentaram se proteger das chamas no banheiro.

"A CPI está em recesso, por conta do Congresso. Mas eu vou amanhã para Rio Piracicaba. Vamos lá, pelo menos para ouvir, levantar nomes, tirar fotografias e ter uma percepção melhor dessa nova tragédia com oito brasileiros", afirmou Dutra.

Veja a relação de mortos

O deputado também evita culpar os homens que faziam a guarda dos presos. “A gente não pode nem responsabilizar o carceireiro porque ele não tem preparo, ele não é formado para cuidar de preso. Além disso, não é culpa dele se aestrutura físicada delegacia é inadequada", avaliou o relator da CPI. Outros deputados devem integrar a comitiva.

Roberto Nascimento/Jornal Páginas


As chamas se alastraram rapidamente no prédio antigo localizado no Centro de Rio Piracicaba

Denúncia

Os corpos das vítimas chegaram pela manhã ao Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte. Familiares de Everson Barbosa Ferreira, de 18 anos, e Jaider Martins, de 21, que estão entre os mortos, denunciam omissão por parte do estado. Segundo eles, o carcereiro que estava com as chaves da cela não estava na cadeia no momento do incêndio.

Assista ao vídeo sobre as denúncias dos familiares

Em nota, o Governo de Minas informa que a Polícia Civil já está investigando o caso. Peritos do Instituto de Criminalistica estão na cidade e um laudo deve ficar pronto nos próximos dias. A cadeia de Rio Piracibaca estava com 22 detentos no momento do incêndio e tem capacidade para 18. Os sobreviventes já foram transferidos para outras unidades. (Com Agência Brasil)

Leia também:Delegados chegam a Rio Piracicaba para investigar morte de presos






GOVERNADOR TUCANO, AÉCIO NEVES, é ESPECIALISTA EM FAZER "CHURRASQUINHO" DE PRESOS



Em Agosto de 2007, um incêndio causado durante um conflito na CADEIA DE PONTE NOVA-MG, deixou 25 presos carbonizados. Alguns dos detentos mortos foram baleados.


Em março de 2007, a Justiça exigiu do governo providências sobre a superlotação da unidade.


Na época, o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), esteve reunido com o secretário da Defesa Social do Estado, Maurício Campos. O secretário foi convocado para comparecer ao Palácio da Liberdade para dar explicações sobre a briga na cadeia.










Arte/Folha Online
Onde fica Ponte Nova (MG)
Onde fica Ponte Nova (MG)




Uma das hipóteses investigadas é que a briga começou devido a um desentendimento entre grupos rivais na unidade. As primeiras apurações indicam que o tumulto foi provocado por detentos das celas 8 e 9.




A Polícia Civil ouviu os presos apontados como envolvidos no conflito e autuou em flagrante 25 detentos. O Instituto de Criminalística fez levantamento identificar se o incêndio aconteceu em decorrência do enfrentamento entre detentos ou se foi criminoso.




Foram realizadas transferências dos detentos para outras unidades prisionais do Estado.




Identificação dos corpos




A divulgação oficial da identificação dos mortos foi feita somente após a conclusão dos exames dos corpos das vítimas pelo IML (Instituto Médico Legal).




Equipes do IML foram deslocadas para Ponte Nova para coletar o material genético de parentes de vítimas a fim de acelerar o processo de identificação. Os corpos dos presos estão em Belo Horizonte.




A Secretaria de Estado de Defesa Social realizou uma reunião com familiares dos detentos informando sobre sobre os procedimentos adotados para transferência dos presos e para identificação das vítimas.




O Estado informou, na época que assumiria integralmente as despesas com translado e sepultamento dos corpos das vítimas.




Fogo




A confusão na delegacia começou por volta da 1h. A polícia afirma que um grupo de presos ateou fogo a colchões e impediu a saída de um outro grupo da cela. Policiais civis e militares cercaram a unidade ainda durante o tumulto, e o fogo foi contido por volta das 2h.




A cadeia estava superlotada. Cerca de 170 presos ocupavam a unidade, com capacidade para 87.




O governo do Estado afirma, em nota, que tem feito investimentos para reduzir o déficit no número de vagas no sistema prisional.




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