Sobre os Blogs que foram criados na eleição de 2005 com o claro objetivo de disseminar o preconceito ao Presidente LULA, percebo que ainda seguem a mesma doutrinação: Uma visão meramente PLATÔNICA sobre política.
“A utópica visão de Platão sobre o Estado (polis) nos aprisiona na falsa modernidade do tempo atual e nos faz temer o futuro próximo”.
Em “A República”, Platão idealiza uma cidade, na qual dirigentes e guardiões representam a encarnação da pura racionalidade. Neles encontra discípulos dóceis, capazes de compreender todas as renúncias que a razão lhes impõe, mesmo quando duras. O egoísmo está superado e as paixões, controladas. Os interesses pessoais se casam com os da totalidade social, e o príncipe filósofo é a tipificação perfeita do demiurgo terreno.
Apesar de tudo isso e desse ideal de Bem comum, Platão parece reconhecer o caráter utópico desse projeto político. Tendo em vista esse ideal, o trabalho ( manual ou artesanal ) continuava não valorizado no âmbito da cidade-estado. A classe dos trabalhadores não era reconhecida como classe cidadã, pois não lhes sobrava tempo para a contemplação teórica da verdade e para a práxis política. No ideário platônico, o ideal humano se realizava na figura do cidadão filósofo, livre das incumbências extenuantes da sobrevivência, constituindo um ideal altamente elitista.
Talvez, por isso vemos a "execração" pública de LULA nesse Panteão sem lei e bom senso. A coisa anda escancarada de tal forma, que eles já não observam os mais elementares preceitos sobre democracia, lei, moral e educação. Pregam abertamente a "retirada" (como disse ANA MARIA BRAGA) de LULA de lá (Presidência), como se a Presidência da República fosse o condôminio particular de cada um. Inventam factóides, exacerbam fatos, criticam até os Presidentes de outros países ( Chavez, é um deles) numa tentativa clara de criarem um balão de ensaio para suas investidas aqui dentro, como aconteceu em 1964 com o golpe e a tortura desencadeada pelas FORÇAS ARMADAS (elite da época).
Nos dias atuais, suas investidas se tornam tão insistentes quanto absurdas: Primeiro foi o tal CAOS AÉREO, e agora, A febre amarela. Estão ensaiando outra: APAGÃO ELÉTRICO!!!
Para além de todas as utopias da sua república ideal, da figura dos reis filósofos, devemos apreciar o ideal ético de Estado e o esforço de Platão para desvendar os vínculos que ligam os destinos das pessoas ao destino da cidade. Em Platão a filosofia é ética, dialética, metafísica, teologia, antropologia, estética; e é também cosmologia e pedagogia; é sobretudo política, ou melhor, é crítica social. É por isso que ele foi considerado quase um deus por Plotino e a escola Neo-Platônica. Seu pensamento foi traduzido para o Cristianismo por Santo Agostinho, e continua dando, ainda hoje, pistas válidas de reflexão filosófica.
“A utópica visão de Platão sobre o Estado (polis) nos aprisiona na falsa modernidade do tempo atual e nos faz temer o futuro próximo”.
Em “A República”, Platão idealiza uma cidade, na qual dirigentes e guardiões representam a encarnação da pura racionalidade. Neles encontra discípulos dóceis, capazes de compreender todas as renúncias que a razão lhes impõe, mesmo quando duras. O egoísmo está superado e as paixões, controladas. Os interesses pessoais se casam com os da totalidade social, e o príncipe filósofo é a tipificação perfeita do demiurgo terreno.
Apesar de tudo isso e desse ideal de Bem comum, Platão parece reconhecer o caráter utópico desse projeto político. Tendo em vista esse ideal, o trabalho ( manual ou artesanal ) continuava não valorizado no âmbito da cidade-estado. A classe dos trabalhadores não era reconhecida como classe cidadã, pois não lhes sobrava tempo para a contemplação teórica da verdade e para a práxis política. No ideário platônico, o ideal humano se realizava na figura do cidadão filósofo, livre das incumbências extenuantes da sobrevivência, constituindo um ideal altamente elitista.
Talvez, por isso vemos a "execração" pública de LULA nesse Panteão sem lei e bom senso. A coisa anda escancarada de tal forma, que eles já não observam os mais elementares preceitos sobre democracia, lei, moral e educação. Pregam abertamente a "retirada" (como disse ANA MARIA BRAGA) de LULA de lá (Presidência), como se a Presidência da República fosse o condôminio particular de cada um. Inventam factóides, exacerbam fatos, criticam até os Presidentes de outros países ( Chavez, é um deles) numa tentativa clara de criarem um balão de ensaio para suas investidas aqui dentro, como aconteceu em 1964 com o golpe e a tortura desencadeada pelas FORÇAS ARMADAS (elite da época).
Nos dias atuais, suas investidas se tornam tão insistentes quanto absurdas: Primeiro foi o tal CAOS AÉREO, e agora, A febre amarela. Estão ensaiando outra: APAGÃO ELÉTRICO!!!
Para além de todas as utopias da sua república ideal, da figura dos reis filósofos, devemos apreciar o ideal ético de Estado e o esforço de Platão para desvendar os vínculos que ligam os destinos das pessoas ao destino da cidade. Em Platão a filosofia é ética, dialética, metafísica, teologia, antropologia, estética; e é também cosmologia e pedagogia; é sobretudo política, ou melhor, é crítica social. É por isso que ele foi considerado quase um deus por Plotino e a escola Neo-Platônica. Seu pensamento foi traduzido para o Cristianismo por Santo Agostinho, e continua dando, ainda hoje, pistas válidas de reflexão filosófica.
Dados Bibliográficos : “A República”. São Paulo: Editora Martin Claret, 2004. Coleção A Obra-Prima de Cada Autor.
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