Desde o início de dezembro, as secretarias de saúde dos estados notificaram 26 pessoas com suspeita de contaminação por febre amarela, com a confirmação de apenas três casos, sendo dois óbitos de pessoas com provável infecção em zona de mata de Goiás e um caso que evoluiu para a cura com local provável de infecção no Mato Grosso do Sul.
O Brasil não tem casos de febre amarela urbana desde 1942 e desde 2003 a ocorrência da doença vem caindo gradativamente. De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, a hipótese de um retorno do tipo urbano da febre está descartada e os casos recentes tiveram contaminação apenas em áreas de florestas e matas, sem serem vacinadas.
O Ministério da Saúde tomou todas as medidas preventivas para evitar a incidência da doença antes mesmo da confirmação de casos sob investigação. Uma grande barreira sanitária nas áreas de risco, protegendo estados e municípios contra a febre amarela, foi montada.
Em 2007, a média mensal de despacho para vacinação de rotina foi de 961 mil doses por mês, num total de 11,5 milhões. Em janeiro deste ano, o governo federal enviou para todo Brasil 3,23 milhões de doses de vacina.
O Ministério da Saúde também orienta que apenas procure os postos de saúde para tomar vacina pessoas que morem ou forem visitar as áreas de risco e que nunca tenham se vacinado ou foram vacinadas antes de 1999. A vacina assegura 100% de imunização, após o décimo dia de aplicação. Essa proteção dura dez anos e o seu reforço durante este período não é necessário, nem recomendado.
"O Brasil é o maior produtor mundial de vacina contra a febre amarela e os postos de saúde estão sendo abastecidos e as autoridades sanitárias, preparadas para atender a quem realmente precisa tomar a vacina", afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Transmissão - A Febre Amarela Silvestre ocorre somente em áreas de matas, em macacos e os principais transmissores são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que picam os primatas, hospedeiros do vírus e, depois, o homem. Prevenir o mosquito, cuja reprodução está ligada ao ambiente silvestre, é impossível. Eles fazem parte da natureza.
A febre amarela é sempre transmitida pelo mosquito contaminado. Não há possibilidade de contágio no contato com doentes. Os sintomas que levam a suspeita da doença iniciam com febre, dor de cabeça, dor no corpo evoluindo com hemorragia e pele e olhos amarelados. Nessa situação, o paciente deve procurar um serviço de saúde.
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