terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Luiz Henrique e o vice-governador Leonel Pavan (PSDB) correm o risco de serem cassados em SC

PMDB cogita renúncia do governador de Santa Catarina

Nos bastidores, o PMDB cogita convencer o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, a renunciar ao cargo. Se o peemedebista optar pela renúncia, provocará a realização de novas eleições para o governo do Estado, permitindo ao PMDB emplacar novos nomes para tentar se manter no poder local.

Se Luiz Henrique não renunciar, assume o risco de ser cassado e abrir caminho para que a chapa derrotada nas urnas em 2006, encabeçada pelo ex-governador Esperidião Amin (PP), reassuma o poder no Estado. Se isso ocorrer, Amin governará Santa Catarina pela terceira vez.,

No processo contra o peemedebista, em andamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Henrique perde por três votos a zero. Faltam os votos de três ministros para finalizar o julgamento. Se mais um acompanhar a maioria, Luiz Henrique e o vice-governador Leonel Pavan (PSDB) perdem os mandatos e se tornam inelegíveis pelos próximos três anos, a contar do pleito de 2006.

Quem se animou com a eventual renúncia foi o senador Raimundo Colombo (DEM-SC), presidente da CPI das ONGs. No Estado, PMDB, DEM e PSDB são aliados políticos. Colombo cobiçaria disputar o governo por meio da repetição da aliança com o PMDB, abrindo espaço para o seu suplente, o ex-senador Casildo Maldaner, que é do PMDB, assumir a sua cadeira no Senado. Resta saber se, nessa hipótese, o PMDB abriria mão de indicar o sucessor de Luiz Henrique.

É cedo antecipar se a Corte pende mais para a condenação do governador catarinense, mas é possível observar que a postura a ser adotada no julgamento será de rigidez. Quando assumiu a presidência do TSE, em maio de 2006, o ministro Marco Aurélio de Mello avisou que imprimiria à Corte postura "implacável" com os que cometessem irregularidades nas campanhas eleitorais.

"Não haverá contemporizações a pretexto de eventuais lacunas na lei e não ocorrerá tergiversação capaz de turbar o real objetivo da lei, nem artifício conducente a legitimar a aparente vontade das urnas, se o pleito mostrar-se eivado de irregularidades", discursou Marco Aurélio.

Fonte: Agência Estado e www.vermelho.org.br

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