Frente às denúncias de existência de corrupção na Cia. do Metropolitano, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo emitiu nota para manifestar repúdio à manutenção de tal prática e cobrar a realização de uma investigação rigorosa do caso e que os envolvidos sejam exemplarmente punidos.
O Metrô de São Paulo admitiu nesta segunda-feira que recebeu uma denúncia anônima sobre o desvio de R$ 1,8 milhão em três licitações realizadas pela empresa e que investiga o caso. Ontem (17), o "Fantástico" da Rede Globo afirmou que funcionários são suspeitos de terem recebido propina para declarar uma empresa de fornecimento de equipamentos contra incêndios, a Ezalpha, como vencedora nas licitações.
O Metrô de São Paulo admitiu nesta segunda-feira que recebeu uma denúncia anônima sobre o desvio de R$ 1,8 milhão em três licitações realizadas pela empresa e que investiga o caso. Ontem (17), o "Fantástico" da Rede Globo afirmou que funcionários são suspeitos de terem recebido propina para declarar uma empresa de fornecimento de equipamentos contra incêndios, a Ezalpha, como vencedora nas licitações.
Na reportagem, um ex-funcionário do Metrô que teria participado das negociações afirma que preços de equipamentos de combate a incêndio foram superfaturados e a licitação, fraudada. Em 2007, a Ezalpha venceu três licitações do Metrô. Segundo a reportagem, em todas, os preços estavam acima do valor de mercado.
Uma das licitações foi para comprar 200 kits de detectores de fumaça. No processo licitatório, a Ezalpha fez uma oferta na qual cada um sairia por R$ 229,15. O Metrô fez contraproposta e acabou comprando por R$ 225 cada um. Os repórteres da TV compraram uma unidade do mesmo kit, em São Paulo, por apenas R$ 99,70. O preço pago pelo Metrô é 125% maior.
Entre as irregularidades, há suspeitas de que um funcionário do Metrô tenha viajado para a Inglaterra e a Espanha a convite da Ezalpha, sob a justificativa de "ver como se previne um incêndio nas estações da Europa". Em nota, a Ezalpha afirmou à Globo que a viagem seguiu um procedimento comercial normal. E negou ter superfaturado preços.
Em nota, o Metrô informou que suspendeu uma das três licitações colocadas sob suspeita --no valor de R$ 2,8 milhões-- pois o contrato foi assinado em 2007, e nenhum pagamento havia sido efetuado ainda. Para a empresa, não há chances de ter havido desvio de R$ 1,8 milhão nas outras duas licitações porque, somadas, elas valem R$ 121 mil.
"Caso haja qualquer irregularidade nos dois contratos cujos pagamentos já foram efetuados, o Metrô procederá no sentido de garantir o seu imediato ressarcimento."
O Metrô ainda confirmou que um de seus funcionários viajou a convite da Ezalpha, mas disse que ele o fez durante as férias da diretoria.
CPIs engavetadas
Na nota emitida pelo Sindicato, a entidade também faz questão de lembrar que, desde a gestão de Geraldo Alckmin, o Sindicato dos Metroviários e diversos parlamentares têm feito diversas denúncias para que outras licitações do Metrô sejam revistas, principalmente a da Parceria Público-Privada da Linha 4 – Amarela. "Portanto, também fica a expectativa de que este seja o primeiro passo para a apuração das investigações já abortadas durante o governo Alckmin", diz a nota.
Levando em consideração denúncias de diversos setores, como Metrô, Nossa Caixa, Rodoanel, energia elétrica etc, são 69 pedidos de CPI engavetados na Assembléia Legislativa de São Paulo desde 2003.
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