domingo, 16 de março de 2008

Pré-candidato à prefeitura do Rio, Gabeira promete gestão alinhada com os governos Lula e Cabral


Ex-guerrilheiro, ex-exilado, ex-petista, ex-dissidente do PT, ex-algoz do então presidente da Câmara, Severino Cavalcante (PP-PE), ex-caçador de sanguessugas, atual conciliador. Quem imaginava que a candidatura do deputado federal Fernando Gabeira (PV) a prefeito do Rio, numa frente encabeçada pelos tucanos fluminenses, pudesse ser uma dor de cabeça extra para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, maior até do que a provocada pelo atual alcaide César Maia (DEM), deve rever seus conceitos.

Pré-candidato por uma frente que, além do PV, deve incluir os oposicionistas PSDB e PPS, Gabeira mal pisou suas sandálias no calçadão da campanha e já acena com a bandeira branca. "Se houver eventualmente ressentimentos a meu respeito, vou convencer meus parceiros de minha convicção no êxito da conjugação de esforços", antecipa Gabeira, prometendo ser, se eleito, o terceiro vértice do triângulo com os governos Lula e Sérgio Cabral (PMDB).

Ele diz que aceitou o desafio porque, coerente com o seu passado de guerrilheiro durante a ditadura (1964-1985), mantém o sentido da missão a cumprir. "O Rio precisa de mim", diz ele, que reconhece que terá que queimar muito chão e subir muito morro para deixar de ser apenas um político querido na Zona Sul carioca.

Mineiro de Juiz de Fora, radicado no Rio desde 1963, o jornalista, escritor e deputado Gabeira, 67 anos, chega num momento em que a eleição está embolada. O favorito nas pesquisas, o ex-jurado, apresentador de TV e dublê de deputado estadual Wagner Montes (PDT), desistiu da disputa, levantando mais poeira numa campanha que está longe de empolgar.

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