Para Lula, elite acha que o que o governo dá aos pobres é gasto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao discursar ontem na solenidade de comemoração dos quatro anos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, afirmou que o programa Bolsa-Família enfrenta "o preconceito da elite, que acha que tudo que (o governo) dá a ela é investimento e que tudo que dá aos pobres é gasto".
Ao lembrar que parte do resultado positivo do PIB está relacionado ao mercado interno, o presidente acrescentou que o investimento nos programas voltados para os pobres são tão importantes quanto qualquer outro, pois "transforma as pessoas em consumidoras de produtos populares feitos no Brasil".
Lula voltou a dizer que considera o Bolsa-Família como "uma coisa do outro mundo" e comentou que o programa era desacreditado e passou a ser "uma referência mundial". Segundo o presidente, houve uma combinação de políticas públicas que, na sua expectativa, permitirá que, no final do seu governo, haja uma consagração da "mais importante política pública já realizada" no País. "Se a economia continuar a crescer, se os empregos continuarem a crescer, se acontecer o que estamos esperando nas escolas, teremos em 2010 um outro País", afirmou.
Em mais uma das costumeiras frases de contraposição entre pobres e ricos, o presidente afirmou que, "até outro dia, pobre só tinha valor no dia da eleição". Aplaudido por cerca de 1.300 pessoas, ele disse: "Político não fala mal de pobre em campanha (eleitoral). Só fala mal de rico, de banqueiro, de usineiro."
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