A CPI dos Cartões Corporativos, convocada inicialmente para investigar os gastos do governo Lula, está deixando os tucanos em polvorosa, por estar cada vez mais voltada para as contas do período FHC. “O feitiço virou contra o feiticeiro. A grande auditoria que será feita pela CPI é a do governo Fernando Henrique. Até porque o que tinha de sair sobre os integrantes do governo Lula já saiu. Por isso eles insistem tanto em abrir os dados sigilosos da Presidência”, explica um dos membros da comissão, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
A prova da insatisfação da oposição ficou flagrante na atitude tomada pelos líderes Virgílio e Agripino. Ambos exigiram a instalação de outra CPI exclusiva do Senado. Onde, possivelmente, poderão investigar somente o que lhes convém.
A prova da insatisfação da oposição ficou flagrante na atitude tomada pelos líderes Virgílio e Agripino. Ambos exigiram a instalação de outra CPI exclusiva do Senado. Onde, possivelmente, poderão investigar somente o que lhes convém.
No pseudodossiê, contendo 12 páginas, aparecem despesas diversas do alto escalão do governo Fernando Henrique, incluindo itens como aluguel de carros, compra de bebidas, de frutos do mar e até de artigos exóticos como unhas postiças e fechos para sutiã. Miudezas similares às que apareceram no escândalo dos cartões corporativos do governo Lula, revelado em janeiro.
Esmiuçando a relação de gastos, é possível ao cidadão comum ter uma idéia dos hábitos dos governantes: os tucanos, por exemplo, pelo visto não metiam a mão nos próprios bolsos para nada, nem mesmo ao comprar ingressos para o cinema e o jardim zoológico. Mais uma vez, quem teve de se explicar foram, porém, os integrantes do atual governo, não do anterior.
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