A base governista ameaça não votar mais nenhum requerimento de convocação e de informação na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Cartões Corporativos até que o senador Álvaro "há indícios" Dias (PSDB-PR) dê explicações oficialmente sobre a acusação de que ele seria o responsável pelo vazamento de informações sobre gastos da Presidência da República no governo Fernando Henrique Cardoso.
"Não vamos votar nenhum requerimento nesta CPMI enquanto o senador Álvaro "há indícios" Dias não der explicações à CPMI. Se a senhora [Marisa Serrano, presidente da CPMI] colocar em votação, vou recorrer ao Plenário da sua decisão", disse o deputado Sílvio Costa (PMN-PE).
"Não temos condições de votar nada nessa CPI. Suspenda a pauta nessa CPI porque o nosso bloco não vai votar", completou o deputado Carlos Willian (PTC-MG).
A CPMI está reunida para votar 34 requerimentos de convocação de autoridades. Entre elas, está o que convoca a secretária executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, acusada de elaboração dos dados do governo Fernando Henrique Cardoso.
No início da reunião, Álvaro "há indícios" Dias se explicou sobre a acusação de ser o responsável pelo vazamento das informações, mas os parlamentares da base querem que ele seja convocado pela CPMI, mesmo que regimentalmente isso não seja possível.
" Álvaro "há indícios" Dias não é suspeito nessa CPMI e tem todo o direito de que os requerimentos dele e de outros autores sejam votados aqui. Se não formos votar mais nada, não tem por que continuar a CPMI", rebateu a presidente da CPMI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS).
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