Os questionamentos serão feitos por meio de interpelação judicial baseada na Lei de Imprensa. De acordo com o PDT, a publicação tem 48 horas para dar as explicações pedidas pela legenda. "Estou zelando, como é meu dever, pela imagem do PDT. A interpelação é uma oportunidade para a revista se explicar das acusações levianas contra o partido. Se as explicações não forem convincentes, ingressarei em juízo visando à reparação moral do partido", anunciou Vieira.
Entre as seis perguntas, Vieira da Cunha questiona a afirmação da revista de que "a PF desmontou o esquema da Força Sindical e do PDT no BNDES": "O que a revista Veja quer dizer com a expressão 'esquema' e, em tal 'esquema do BNDES', no que participou, objetivamente, o PDT como instituição partidária?"
A reportagem alega que o PDT tem "um cofre clandestino". A segunda pergunta do deputado é: "Que cofre é esse? Quem é o responsável por ele? Que montante de dinheiro e/ou valores guarda e qual a sua origem? Onde se localiza?"
O terceiro questionamento remete à declaração de Veja de que "já está claro que, hoje, Força e PDT são duas organizações siamesas também no plano financeiro". "Que tipo de relação existe entre o PDT e a Força Sindical no plano financeiro? Que valores foram repassados entre uma e outra organização? De que forma e quando ocorreram tais transferências de recursos?", pergunta Vieira da Cunha.
Ele também questiona a afirmação de que "o PDT, a Força Sindical e o Ministério do Trabalho se converteram numa central única de interesses", e indaga quais são esses interesses, se eles revestem-se de caráter ilícito e porquê. A Veja alegou na reportagem que Luiz Fernando Emediato é citado como "tesoureiro informal do PDT". Vieira da Cunha quer saber o que a revista quer dizer com a expressão "tesoureiro informal" e "que tipo de atividade ligada às finanças do PDT exerce ou exerceu o Sr. Luiz Fernando Emediato".
Por fim, a revista afirma: "Desde que Paulinho comanda a tomada da sigla pela Força, essa boa imagem se estilhaçou e o PDT começou a freqüentar as páginas policiais. Com Paulinho e a Força no leme, o partido agora se vê diretamente envolvido em uma denúncia de corrupção, a de fraudes de empréstimos do BNDES".
O deputado questiona: "De que forma a sigla PDT foi tomada pela Força Sindical? Em que fato se baseia a revista para afirmar que Paulinho e a Força estão 'no leme' do PDT? De que ato concreto de corrupção envolvendo fraudes de empréstimos do BNDES participou o PDT?".
Informações do Portal Imprensa e do Globo Online
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