• Sebastião Nery
Bené da Flauta não toca apenas flauta. Toca também sabedoria popular. É um filósofo das ruas centenárias de Ouro Preto. No último 21 de abril, sozinho lá no canto da praça, olhando a solitária estátua de Tiradentes suspensa no infinito, Bené ouviu o patriótico discurso do governador Aécio Neves, pregando "um amplo projeto de união nacional, um movimento juntando os homens de bem, independentemente de suas siglas". Bené filosofou:
- São essas inutilidades que enchem os nossos corações de alegria.
Ou Aécio não acredita nada nas "inutilidades" que o sábio Bené da Flauta ouviu dele, ou pensa que estamos no Brasil do presidente Dutra e de Tancredo Neves. Ele imagina, ou finge imaginar, que vai juntar PSDB, PT, DEM e a maioria de mais de 30 partidos em volta de seu irresistível charme mineiro e de sua candidatura virtual à presidência da República.
Aécio esqueceu de perguntar ao Bené da Flauta por que Dutra, de 46 a 51, conseguiu unir PSD, UDN e um punhado de pequenos partidos apoiando seu governo, e por que Tancredo também fez o milagre de reunir PMDB, Frente Liberal, PDT, PCB, PC do B e a esmagadora maioria da Nação, que não se dispersou em torno do sonho da Nova República.
Muito simples. Dutra governou depois de 15 anos da ditadura de Getulio Vargas. Tancredo iria governar depois de 21 anos da ditadura dos generais. União nacional só acontece em momentos de luta ou no final das ditaduras, para unir o povo na conquista ou consolidação da democracia.
Implantada a democracia, a unidade deve ser sempre em torno dos interesses da Pátria e não dos interesses dos candidatos às eleições. A flauta de Aécio precisa tocar como a de Bené: sem inutilidades.
Bené da Flauta não toca apenas flauta. Toca também sabedoria popular. É um filósofo das ruas centenárias de Ouro Preto. No último 21 de abril, sozinho lá no canto da praça, olhando a solitária estátua de Tiradentes suspensa no infinito, Bené ouviu o patriótico discurso do governador Aécio Neves, pregando "um amplo projeto de união nacional, um movimento juntando os homens de bem, independentemente de suas siglas". Bené filosofou:
- São essas inutilidades que enchem os nossos corações de alegria.
Ou Aécio não acredita nada nas "inutilidades" que o sábio Bené da Flauta ouviu dele, ou pensa que estamos no Brasil do presidente Dutra e de Tancredo Neves. Ele imagina, ou finge imaginar, que vai juntar PSDB, PT, DEM e a maioria de mais de 30 partidos em volta de seu irresistível charme mineiro e de sua candidatura virtual à presidência da República.
Aécio esqueceu de perguntar ao Bené da Flauta por que Dutra, de 46 a 51, conseguiu unir PSD, UDN e um punhado de pequenos partidos apoiando seu governo, e por que Tancredo também fez o milagre de reunir PMDB, Frente Liberal, PDT, PCB, PC do B e a esmagadora maioria da Nação, que não se dispersou em torno do sonho da Nova República.
Muito simples. Dutra governou depois de 15 anos da ditadura de Getulio Vargas. Tancredo iria governar depois de 21 anos da ditadura dos generais. União nacional só acontece em momentos de luta ou no final das ditaduras, para unir o povo na conquista ou consolidação da democracia.
Implantada a democracia, a unidade deve ser sempre em torno dos interesses da Pátria e não dos interesses dos candidatos às eleições. A flauta de Aécio precisa tocar como a de Bené: sem inutilidades.
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